Redação (22/02/07)– A empresa mineira Plantar S/A – que realiza serviços de reflorestamento e vende carvão vegetal – está elaborando projeto industrial para comercializar créditos de carbono, que envolve a absorção de gás carbônico no setor siderúrgico. “É um processo complexo e que demanda tempo. O projeto florestal, por exemplo, foi submetido em outubro de 2005 ao Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas, a ONU, mas foi aprovado em dezembro do ano passado”, explicou o gerente de Projetos de Carbono da Plantar, Luiz Carlos Goulart.
A previsão é que os três projetos desenvolvidos pela empresa (florestal, industrial e de redução de metano no processo de carbonização) gerem 12,8 milhões de toneladas de gás carbônico até 2029. No momento, por “questão estratégica”, segundo o gerente, a Plantar não está comercializando os créditos de carbono.
Goulart salientou que o mercado do crédito de carbono surgiu a partir do Protocolo de Kyoto, que implantou limites de emissão de gases geradores do efeito estufa para os países industrializados, cuja data-limite estabelecida é 2012. “Nesse caso, é obrigatório que as empresas que desejem vender os créditos passe por todo o processo estabelecido pela ONU. Além do mercado de Kyoto, há também o mercado voluntário, que é o da Bolsa de Chicago, que tem outras regras, já que os Estados Unidos não assinaram o protocolo”, disse.