Equipes do Ministério da Integração Nacional e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), estão realizando uma série de estudos para viabilizar o uso da energia solar e de outras energias renováveis no Projeto de Integração do Rio São Francisco.
O principal objetivo ao escolher energias renováveis é diminuir o consumo de energia elétrica do sistema, que, atualmente, representa cerca de 80% dos custos da operação do empreendimento. Além disso, as energias renováveis são menos poluentes. O estudo envolve uma série de fatores, como, por exemplo, custos de investimento, hidrografia e clima.
Um dos benefícios da energia solar que chamou atenção entre tantos foi que: com a ausência de luz solar, o crescimento de algas é reduzido, ajudando também a diminuir o gasto com manutenção e aumentando a vida útil dos equipamentos. As estimativas do estudo mostraram que painéis solares de um megawatt podem economizar nove milhões de litros de água anualmente.
A equipe responsável pelo projeto anda estudando a geração de energia solar por meio de uma plataforma solar flutuante. Muitos locais do mundo já possuem essa tecnologia. Instalada as placas solares flutuantes, a evaporação diminui, pois o equipamento montado nos canais bloqueia a radiação solar.
A Companhia Hidrelétrica do São Francisco terá um investimento de R$ 56 milhões. O projeto desenvolvido é pioneiro e promete ser referência em geração de energia solar com painéis solares flutuantes. Até dezembro, a usina solar flutuante deve entrar em operação. Mais quatro plantas serão instaladas no ano que vem, ao todo serão cinco sistemas capazes de produzir 5 MWp, energia suficiente para abastecer, aproximadamente, cinco mil residências.