Gustavo Fehlberg, vice-presidente de Desenvolvimento do Burger King Brasil, não pensou duas vezes ao escolher o Rio de Janeiro para dar início ao plano de expansão nacional da segunda marca de restaurante do grupo, a Popeyes Louisiana Kitchen — famosa por seu frango frito.
— O carioca gosta de frango — diz o executivo, que também é carioca, revelando que o Rio lidera no consumo de hambúrgueres de frango em toda a rede Burger King no país. Os sanduíches de frango representam 14% das vendas do BK no Rio de Janeiro — contra uma média de 9% no país.
O Rio é também o segundo maior mercado para o BK, com 98 restaurantes (de um total de 861) e 13% das vendas totais.
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Para sua estreia na cidade, a empresa está investindo R$ 12 milhões em seis lojas que serão inauguradas até o final de março, com a geração de 120 empregos diretos. O investimento contempla ainda uma sétima unidade para atender exclusivamente à demanda do delivery, formato conhecido como ghost kitchen e que ganhou força com o fechamento das lojas na pandemia.
Com mais de 3 mil lojas em 25 países, a Popeyes é uma rede de fast food que mantém um mestre de cozinha em cada loja. O conceito é de cook slow, serve fast (cozinhe devagar, sirva rápido). Elogiado pela crítica pela suculência e crocância e temperos típicos da culinária da Louisiana, o frango fica marinando por 12 horas antes de ir para a grelha.
Assim como no lançamento da marca em São Paulo, em 2018, o Popeyes estreia no Rio comendo pelas beiradas: os seis restaurantes se localizam em shoppings de grande movimento na Grande Rio. O primeiro abriu há uma semana, no Shopping Nova Iguaçu. Os demais serão no Nova América, Norte Shopping, Plaza Niterói, Shopping Grande Rio e Shopping Madureira.
Já a ghost kitchen ainda não tem endereço e uma das possibilidade é a Zona Sul. Mas a empresa está avaliando também imóveis na Zona Norte e em Niterói.
— Diferentemente de São Paulo, que começou só com o balcão, toda a operação do Rio nasce plugada no delivery, por meio de iFood, Rappi e Uber Eats — diz Gustavo.
Impulsionado pela pandemia, o delivery representa hoje 21% das receitas do Burger King Brasil, segundo dados do balanço do 4º trimestre divulgados ontem. Antes da pandemia, no último trimestre de 2019, apenas 9% das receitas vinham das entregas — um crescimento de 126%. Mesmo com a abertura de 100% dos restaurantes a partir de outubro, o delivery seguiu crescendo, com alta de 26% ante o terceiro trimestre.
