De acordo com os dados do Índice de Frete Repom (IFR), o preço médio do frete por quilômetro teve um aumento de 11% em fevereiro em relação a janeiro, chegando a R$ 7,88.
Este aumento foi impulsionado principalmente pelo frete do agronegócio, que teve uma alta mensal de 27%, e pelo início da safra de soja, que elevou em 10% o custo do transporte da oleaginosa. Em comparação com fevereiro do ano passado, o aumento no preço médio do frete por quilômetro foi de 20%.
A fatia que corresponde ao diesel na composição do frete em fevereiro foi de 37,63%. Além disso, no dia 17 de fevereiro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a nova tabela do piso mínimo do frete, com redução de -5,72%, resultado da oscilação para menos no preço final do diesel S-10.
“Mesmo com a redução no valor do combustível e, como consequência, no piso mínimo da tabela do frete, além dos reflexos do segmento agro e da soja, temos outro item que vem ganhando relevância na composição do preço do frete por quilômetro rodado e se mantém em alta, que é o impacto dos juros”, disse o diretor da Repom, Vinicios Fernandes, em nota.
“Um contexto de altas taxas dificulta o acesso dos caminhoneiros ao crédito para capital de giro e para o financiamento de equipamentos. Além disso, o aumento pelo embarcador no prazo de pagamento do frete sobrecarrega ainda mais o bolso dos profissionais da estrada e diminui seu poder de compra.
O IFR é um índice do preço médio do frete levantado com base nos 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Repom, marca da Edenred Brasil de soluções de gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga. A empresa atende a mais de 1 milhão de caminhoneiros em todo o Brasil.