Os preços do milho seguiram em queda no interior do País na última semana, enquanto nos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR), o cenário foi de alta na maior parte do período. Assim, os valores nos portos superaram o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas, SP), o que não era observado – pelo menos em Paranaguá – desde outubro de 2020.
No entanto, na sexta-feira, 5, tanto a moeda norte-americana quanto os preços externos do cereal caíram com força – 1,87% e 1,1%, respectivamente, frente ao dia anterior – derrubando também as cotações nos portos brasileiros. Entre 29 de outubro e 5 de novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa recuou 0,26%, fechando a R$ 86,61/sc de 60 kg na sexta, 5.
Nos portos de Santos e de Paranaguá, foram registradas desvalorizações de respectivos 2% e 1,8%, com a saca negociada a R$ 85,89 e a R$ 85,00. Segundo colaboradores do Cepea, no interior do País, predomina a baixa liquidez, visto que compradores se mantêm afastados do mercado spot, sinalizando ter estoques. Além disso, esses demandantes estão atentos às perspectivas de boa safra verão e de estoques confortáveis com as exportações desaquecidas. Do lado vendedor, alguns agentes com necessidade de liberar espaço nos armazéns acabam sendo mais flexíveis quanto aos preços.