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Mercado Interno

Preço do suíno sobe em outubro com boa demanda limitada

O mercado brasileiro de carne suína apresentou um desempenho satisfatório em termos de demanda em outubro.

Preço do suíno sobe em outubro com boa demanda limitada

O mercado brasileiro de carne suína apresentou um desempenho satisfatório em termos de demanda em outubro, o que contribuiu para um novo aumento na média de preços do quilo vivo na Região Centro-Sul.

Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Hedler, a cotação subiu quarenta centavos ou 9,7% desde o final de setembro e chegou a R$ 4,44 nesta quinta-feira (30). “Tivemos mais um mês de oferta limitada e o aumento de preços da carne bovina também contribuiu para um crescimento no consumo da carne suína”, destaca.

No atacado, o preço da carcaça apresentou valorização de 13,1% ao longo do mês, passando de R$ 6,20 para R$ 7,02 no Centro-Sul. “Os maiores aumentos ocorreram em Minas Gerais (onde a carcaça comum teve incremento de 18,4%, passando de R$ 5,70 para R$ 6,55), Mato Grosso (que teve valorização de 17% para a carcaça comum, passando de R$ 5,60 para R$ 6,55) e São Paulo (onde a carcaça comum passou de R$ 6,25 para R$ 7,25, elevação de 16%)”, detalha.

O preço médio do pernil apresentou aumento de 5,3% no Centro-Sul, de R$ 7,03 no final de setembro para R$ 7,40 nesta quinta-feira (30). “A maior alta, de 9,0%, ocorreu no Mato Grosso, onde o quilo do pernil com osso passou de R$ 6,65 para R$ 7,15, seguido por Minas Gerais, onde a cotação cresceu 8,9%, de R$ 6,75 para R$ 7,35 “, disse.

Hedler salienta que esses reajustes podem ser justificados pelo menor ritmo de abates de suínos neste ano em relação ao anterior, o que também ajuda a manter um cenário positivo para o mercado. “Entre janeiro e setembro foram abatidos 24 milhões de suínos no Brasil, contra 24,5 milhões nos nove primeiros meses do ano passado, o que representa uma queda de 2%”, comenta. Em setembro, entretanto, Hedler informa que o número de animais abatidos ficou em 2,64 milhões de cabeças, crescendo 2,4% ante o mesmo mês do ano passado, de 2,58 milhões de cabeças.

Nas exportações, Hedler afirma que o resultado acumulado ao longo de outubro segue muito positivo. Segundo dados levantados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a média diária de embarques segue em duas mil toneladas, o que representa um incremento de 20,6% ante a média diária de setembro, de 1,6 mil toneladas. “No total já foram embarcadas 35,5 mil toneladas de carne suína em outubro. Se o ritmo atual for mantido, poderemos ter um recorde no ano, com volumes próximos a 50 mil toneladas”, projeta.

A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que em São Paulo a arroba suína apresentou valorização de 14,6% em outubro ante setembro, subindo de R$ 89,00 para R$ 102,00. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo na integração passou de R$ 3,21 para R$ 3,41, alta de 6,2%. No interior, o quilo vivo avançou para R$ 4,84, 8,0% acima do valor praticado no final de setembro, de R$ 4,48. Em Santa Catarina o preço do quilo subiu de R$ 3,30 para R$ 3,48 na integração e de R$ 4,30 para R$ 4,75 no interior, incrementos, respectivamente, de 5,5% e 10,5%. No mercado livre do Paraná o preço apresentou valorização de 8,5%, de R$ 4,24 para R$ 4,60, enquanto na integração a cotação subiu de R$ 4,27 para R$ 4,50, alta de 5,4%.

No Mato Grosso do Sul a cotação avançou 9,7% na integração, de R$ 3,10 para R$ 3,40. Em Campo Grande a cotação teve incremento de 8,3%, de R$ 3,60 para R$ 3,90. Em Goiânia, o preço avançou 15,6% e chegou a R$ 5,20, contra R$ 4,50 em setembro. No interior de Minas Gerais a cotação também passou de R$ 4,50 para R$ 5,20. No mercado independente mineiro a valorização foi ainda maior, de 17,1%, com o quilo subindo de R$ 4,10 para R$ 4,80. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo passou de R$ 3,82 para R$ 3,85 em Rondonópolis (incremento de 0,8%). Já na integração do estado a cotação teve elevação de 7,3%, passando de R$ 3,68 para R$ 3,95.