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Preços da carne suína na China aumentam 47% em agosto

O aumento nos preços da carne suína contribuiu para um aumento de 10% nos preços dos alimentos em geral, segundo dados divulgados pelo Bureau Nacional de Estatísticas da China 

Segundo dados divulgados pelo Bureau Nacional de Estatísticas da China os preços da carne suína na China aumentaram 46,7% em agosto, devido a escassez crescente da proteína em meio aos surtos de peste suína africana( PSA) que matou milhões de suínos no país.

Esse foi um aumento muito maior do que os preços da carne suína de julho, que saltaram 27% em relação ao ano anterior.

O aumento nos preços da carne suína contribuiu para um aumento de 10% nos preços dos alimentos em geral em agosto. Estima-se que metade do plantel de suínos da China tenha morrido com o prolongado surto da doença,que já perdura há mais de um ano. O rebanho suíno da China pode cair pela metade até o final deste ano , de acordo com uma previsão de julho de analistas do banco holandês Rabobank.

Os preços de outras carnes na China também subiram em agosto, contribuindo para o aumento nos preços dos alimentos. Os preços de carne bovina, carne de carneiro e frango subiram – entre 11,6% e 12,5%.

Os preços das frutas frescas continuaram subindo em agosto, saltando 24% em relação ao ano anterior, mas tiveram um aumento menor do que os 39% de julho.

No geral, o índice de preços ao produtor (PPI), um barômetro essencial da lucratividade corporativa, em agosto caiu 0,8% em relação ao ano anterior – a pior contração ano a ano desde agosto de 2016.

 O índice de preços ao consumidor (IPC) em agosto subiu 2,8% na comparação anual, inalterado em relação a julho. Isso comparado com um aumento de 2,6% previsto pelos analistas. Os preços ao consumidor no país devem subir ainda mais, de acordo com uma nota de terça-feira da empresa de pesquisa Capital Economics.

“A inflação dos preços ao consumidor deve acelerar nos próximos meses, à medida que os estoques de suínos continuarem caindo e o atrito dos preços mais baixos do petróleo diminuir”, escreveram os economistas Julian Evans-Pritchard e Martin Rasmussen.

“Mas os próximos cortes (índice de exigência de reserva) anunciados na última sexta-feira estão alinhados com a nossa visão de que a inflação galopante dos preços dos alimentos não é uma barreira ao abrandamento monetário, e continuamos a antecipar uma maior flexibilização nos próximos trimestres”, escreveram eles.

Eles estavam se referindo ao anúncio do banco central chinês na sexta-feira de que estava reduzindo a quantidade de fundos que os bancos devem manter em reserva, enquanto o país procura estimular ainda mais sua economia.