Os valores da soja estão em baixa nos mercados interno e externo, impactados pela conclusão da colheita no Brasil e pelas condições climáticas favoráveis à semeadura da oleaginosa no Hemisfério Norte. Além disso, a demanda externa enfraquecida também tem exercido pressão sobre as cotações, à medida que consumidores globais adiam suas aquisições na expectativa de obter lotes a preços mais baixos nas próximas semanas.
De acordo com um levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o mercado da soja tem enfrentado a perspectiva de uma ampla oferta mundial da oleaginosa. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê um recorde de 410,58 milhões de toneladas na temporada 2023/24, representando um aumento de 10,8% em relação às 370,4 milhões de toneladas projetadas para a safra atual (2022/23).
Cenário global
Essa previsão de aumento na oferta global da soja tem influenciado os agentes do mercado, levando-os a adiar suas compras, esperando por preços mais baixos no futuro. A expectativa é que a ampla oferta mundial resulte em uma competição acirrada entre os principais produtores, o que pode levar a uma pressão adicional nos preços.
Status brasileiro
No Brasil, a finalização da colheita da soja também tem contribuído para a queda dos valores. A safra brasileira tem sido considerada uma das maiores da história, o que aumenta a oferta interna e impacta diretamente as cotações. Além disso, as condições climáticas favoráveis têm permitido o início da semeadura da oleaginosa no Hemisfério Norte, o que amplia ainda mais a perspectiva de oferta global.
Diante desse cenário, produtores e agentes do setor estão atentos às flutuações do mercado e adotando estratégias para enfrentar os desafios impostos pela queda nos preços da soja. A diversificação de culturas e a busca por novos mercados são algumas das alternativas consideradas para minimizar os impactos negativos.