As altas dos preços do milho se mantêm no mercado interno, devido à maior demanda, de acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Segundo eles, os compradores priorizam a aquisição de pequenos lotes para o abastecimento de curto prazo e, nestes casos, precisam elevar os valores.
Conforme o levantamento, os vendedores, por sua vez, estão postergando novos negócios, diante do atraso da colheita da segunda safra, das incertezas quanto ao frete e, principalmente, da possível redução na produtividade.
Entre 27 de julho e 3 de agosto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 3,24%, fechando a R$ 39,78/sc de 60 kg na sexta-feira, 3. Em julho, o Indicador acumulou alta de expressivos 7%.
Soja
Em relação à soja, as cotações em grão estão relativamente firmes no mercado interno, mas a liquidez está baixa, de acordo com informações do Cepea. Parte dos produtores liquidou alguns lotes em dias de altas mais significativas nos preços internos, mas se retraiu em seguida.
A maior parte dos sojicultores tem intenção de fazer contratos com entrega entre setembro e novembro, período de maior especulação sobre a safra brasileira e quando as oportunidades de vendas podem ser melhores. Já compradores seguem cautelosos nas aquisições, fechando apenas pequenos contratos para completar cargas.
Entre 27 de julho e 3 de agosto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) recuou apenas 0,87%, fechando a R$ 87,30/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 3. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná ficou praticamente estável (-0,22%), a R$ 81,96/sc de 60 kg no dia 3.