O mercado de milho no Brasil continua a enfrentar uma tendência de queda nos preços. De acordo com análises realizadas por especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a disponibilidade crescente do produto e a acentuada redução nos preços internacionais na semana passada estão exercendo pressão sobre as cotações internas.
O período de pico da colheita da segunda safra, que se apresentou como um recorde, tem levado os consumidores a adotarem uma postura de espera por preços mais baixos antes de realizarem compras em grandes volumes. Enquanto isso, os vendedores estão demonstrando resistência em negociar nos níveis atuais de preços. Essa dinâmica resultou em uma disparidade mais significativa entre as ofertas de compra e venda e em uma baixa liquidez no mercado.
Consequentemente, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa para a cidade de Campinas, em São Paulo, operou na semana passada nos patamares mais baixos em termos nominais desde agosto de 2020. Essa queda acentuada reflete a complexa interação entre a produção, o consumo e os fatores externos que afetam o mercado de milho.
A contínua volatilidade nos preços do milho destaca a importância de uma análise constante das variáveis que influenciam o mercado. Fatores como a oferta global, mudanças climáticas, demanda doméstica e internacional, bem como as condições cambiais, desempenham papéis cruciais na formação dos preços e na tomada de decisões por parte dos agentes do setor.