O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas-SP) subiu 1% entre 28 de dezembro e 31 de janeiro, fechando a R$ 39,61/saca de 60 kg no dia 31. Especificamente de 25 de janeiro a 1º de fevereiro, o Indicador subiu 1,8%. De acordo com o Centro de estudos avançados em economia aplicada (Cepea), a elevação no ritmo das exportações das últimas semanas e o menor interesse de vendedores mantiveram em ritmo lento a negociação do cereal.
Além disso, a irregularidade das chuvas tem deixado produtores cautelosos, o que fortalece o recuo vendedor. Do lado do comprador, agentes aguardam o avanço da colheita para maiores definições de produtividade. Assim, eles mantêm apenas as aquisições de pequenos lotes para fazer estoques no curto prazo.
Já as cotações da soja, registraram expressivas quedas no mercado brasileiro, voltando aos menores valores desde janeiro/18, em termos reais (IGP-DI de dezembro/18). A pressão se deve à significativa desvalorização do dólar frente ao Real, às estimativas de menor demanda chinesa e à redução nos embarques norte-americanos.
O Cepea também ressalta que a liquidez está baixa, devido à retração dos produtores consultados, que mostram preferência por armazenar o grão em detrimento de comercializar nos atuais patamares de preços. As negociações de contrato a termo também se estagnaram, diante da incerteza sobre o volume a ser colhido no Brasil.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) registrou significativa queda de 5,2% entre dezembro e janeiro, com média de R$ 76,89/sc de 60 kg – a menor desde janeiro/18. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná também teve o menor valor real em um ano, a R$ 72,02/sc de 60 kg, 4,7% inferior à média de dezembro