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Bolsa de Suínos

Preços do suíno param de subir no fim de abril, mas devem avançar no 2º semestre

Dos oito estados consultados pela Suinocultura Industrial, permanecem com o mesmo preço para o animal vivo

Preços do suíno param de subir no fim de abril, mas devem avançar no 2º semestre

Os preços do suíno vivo estagnaram ou apresentaram retração nos estados produtores, na segunda quinzena de abril. No levantamento desta semana, houve redução do valor do animal comercializado vivo em Santa Catarina e no Paraná. No primeiro caso, o quilo do animal passou de R$ 4,07 para R$ 3,98, o que representa um recuo de 2,21%. O movimento de estagnação e queda nos preços é típico da segunda quinzena de abril, segundo Juliana Ferraz, analista de mercado do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Dos oito estados consultados pela Suinocultura Industrial, permanecem com o mesmo preço para o animal vivo desde o dia 12 de abril. São Paulo, Goiás e Minas Gerais são os que tem o preço maior. Conforme a Bolsa de Suínos desses estados, o quilo do suíno vivo está R$ 4,53, R$ 4,40 e R$ 4,20, respectivamente.

O menor valor continua sendo do suíno do Mato Grosso, onde o quilo do animal vivo é cotado a R$ 3,65. No Distrito Federal, o quilo do suíno vivo custa R$ 4,17 desde 12 de abril.

Para Juliana Ferraz, o recuo nos preços é comum na segunda quinzena do mês. Desde fevereiro, houve avanço nos preços dos animais nos estados do sul, como reflexo de negociações aquecidas e maio ritmo de embarques para o mercado externo.

Isso, segundo ela, tem impacto positivo também nos estados que atendem ao mercado interno, como São Paulo e Minas Gerais. “Minas Gerais geralmente consegue sustentar os preços, mas isso não aconteceu, o que mostra que o consumo doméstico não foi tão alto”, aponta.

O cenário ressalta ainda, diz Juliana, que existiu uma projeção inflada para o impacto da peste suína africana (PSA) nos embarques da proteína brasileira. “Havia uma expectativa de que o Brasil exportasse muito, o que não ocorreu, apesar de o ritmo de embarques estar aquecido”, comenta.

No segundo semestre, segundo ela, a redução dos estoques de proteína congelada na China deve favorecer mais as exportações brasileiras. Como reflexo disso, os preços do suíno vivo nos estados do Sul deve aumentar. Com isso, haverá novo movimento de alta na Bolsa de Suínos dos demais estados.

“As integradoras já estão pagando preços maiores e buscando mais suínos no mercado independente. Inclusive, frigoríficos que não exportam vão aproveitar esse momento”, considera Juliana Ferraz.