Uma forte baixa verificada nos segmentos de cereais e oleaginosas determinou a queda do índice de preços globais de alimentos da FAO em agosto. Conforme levantamento divulgado ontem pelo braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, o indicador fechou o mês a 201,8 pontos, ante os 205,6 de julho, e deu continuidade à trajetória descendente iniciada em maio.
Sobre o grupo dos cereais – cujo índice específico passou de 227,3 pontos, em julho, para 210,9 no mês passado, na quarta retração consecutiva – pesou a recomposição da oferta de milho nos EUA nesta safra 2013/14, cuja colheita começará a ganhar fôlego nas próximas semanas. Mesmo com o clima adverso em regiões do Meio-Oeste americano, que provocou altas expressivas de preços em julho, a tendência de recomposição da oferta prevaleceu e abriu espaço para a valorização.
Na área de óleos e gorduras vegetais, que inclui os reflexos do quadro de fundamento de oferta e demanda da soja, a queda também foi considerável. O indicador do grupo recuou de 191,2 pontos, em julho, para 185,5 em agosto. O projetado aumento da oferta nos EUA depois de uma boa produção na América do Sul na safra passada (2012/13) também pesou sobre as cotações.
Nos demais grupos de produtos que compõem o índice global de alimentos da FAO, houve valorizações. O indicador das carnes subiu de 172,8 pontos, em julho, para 175 em agosto; o dos lácteos passou de 236,3 para 239,1 pontos na mesma comparação, enquanto o do açúcar foi de 239 para 241,7 pontos.