Os preços ao consumidor da China subiram em setembro no ritmo mais rápido desde abril de 2020, impulsionados em grande parte pelos custos dos alimentos, limitando a margem para mais afrouxamento da política monetário com o objetivo de sustentar a economia.
O índice de preços ao consumidor subiu 2,8% em relação ao ano anterior, acelerando ante taxa de 2,5% em agosto, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira, de acordo com o previsto em uma pesquisa da Reuters.
A inflação ao consumidor acelerou uma vez que os preços dos alimentos subiram 8,8% em relação ao ano anterior, de um ganho de 6,1% em agosto. Os preços da carne suína saltaram 36,0% ante 22,4% no mês anterior, e os preços dos vegetais subiram 12,1% de um aumento de 6,0% anteriormente.
A inflação subjacente permaneceu muito mais modesta, porém, com o núcleo da inflação – que exclui os preços voláteis de alimentos e energia – em 0,6% contra 0,8% em agosto.
Em uma base mensal, o índice subiu 0,3% após queda de 0,1% em agosto, também impulsionado por um aumento na inflação mensal dos preços da carne suína.
O índice de preços ao produtor subiu no ritmo mais lento desde janeiro de 2021, com alta de 0,9% em relação ao ano anterior, de 2,3% em agosto e contra expectativa de 1,0%.
Analistas esperavam que a inflação ao produtor recuasse em grande parte devido aos preços mais baixos do petróleo, com pesquisas de indústria sugerindo que as empresas estavam repassando algumas economias aos clientes a fim de impulsionar as vendas.
A segunda maior economia do mundo mal cresceu no trimestre de junho e tem lutado para recuperar a tração em meio a restrições pandêmicas prolongadas, uma queda severa no mercado imobiliário e um abrandamento das exportações.