A Cooperativa Agroindustrial Alfa foi agraciada dia 04 de maio com o prêmio “Raízes” da Syngenta, na categoria Marketing, competição esta de âmbito nacional, em cerimônia realizada em São Paulo. O projeto vencedor se chama Caminhos do Conhecimento, desenvolvido nas regiões catarinenses onde atuam Cooperalfa, A1 de Palmitos, Coperio de Joaçaba, Copérdia de Concórdia, Itaipu de Pinhalzinho e Auriverde de Cunha Porã. Coube ao Agrônomo da Alfa, Claudiney Turmina, sintetizar a intenção e os resultados colhidos à comissão avaliadora da Syngenta Brasil.
Turmina detalha que a ideia nasceu dentro da Alfa, três anos atrás, batizada de “Milho 7 ton.”, uma provocação positiva para quem duvidasse que um hectare de milho poderia, com pequenos e sensatos ajustes técnicos, produzir 120 sacas, contra apenas 80 sc/ha verificada na média do Estado. “Usamos a essência do Milho 7 e incorporamos a visão Syngenta, unindo as iniciativas”, resgata Turmina. “Porém, o foco era um só: levar conhecimento e tecnologias possíveis e viáveis, aos lugares mais remotos, àquelas comunidades desprovidas de acesso em assistência técnica”. Turmina acrescentou que a meta era a de provar ao pequeno produtor de milho, que ele poderia, mantendo inicialmente a mesma semente que vinha usando, deixar nos porões do passado um modo amador de cultivo, e assumir postura mais profissional e tecnificada, gerando maior produtividade.
Pés e neurônios na estrada
Para embrenhar-se onde praticamente nenhum técnico conseguia atuar, a Syngenta disponibilizou um caminhão equipado com modernos instrumentos de treinamento, pilotado pelo próprio agrônomo que, ao aportar nas zonas rurais longínquas, atualizava os agricultores grupalmente. No primeiro ano de execução, os ensaios efetivados nas seis cooperativas agropecuárias catarinenses mostraram que o “Caminhos do Conhecimento” elevou a produtividade de milho de 110 para 143 sacas por hectare (aumento de 30%), apenas “mexendo no fator adubação recomendada”, festeja Turmina. “Com o acréscimo de 45 mil para 65 mil sementes por hectare, elevamos mais 25 sacas de milho em 10.000 metros quadrados de área”, completa. O agrônomo enaltece as equipes gerencial e técnica das cooperativas, em especial a Rogério Moretti (filial Alfa de Marechal Bormann, Chapecó), por terem acreditado na concepção e apoiado com informações comprovadas e credíveis.
O 1º vice-presidente da Cooperalfa, Cládis Furlanetto, que também foi a SP acompanhar a eleição, além de impressionado com o nível de organização do evento pela Syngenta, concluiu, ao verificar os números do “Caminhos do Conhecimento”, que produtividade não é luxo para os grandes agricultores. “Na verdade, é mais fácil gerenciar e ajustar as variáveis produtivas em pequenas áreas do que nas grandes extensões”, disse Furlanetto. Para o diretor da Alfa, nem sempre é necessário elevar o custo da semente para obter melhorias de renda com milho. “Aos poucos, degrau a degrau, o pequeno produtor assimila as mudanças e percebe que é possível evoluir, passando a gostar de produzir bem e melhor; é fundamental que o agricultor consiga adaptar a tecnologia existente para o setor produtivo, à realidade da sua propriedade ”. Furlanetto anunciou que o projeto vai continuar na safra 2010/2011.