Para falar sobre o setor nacional de alimentos, os mercados emergentes e seus cenários atuais além dos impactos das mudanças dos hábitos alimentares no mercado oriental, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, ministrou palestra para alunos de cursos técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), na tarde desta quarta-feira (29.10). “O setor alimentício tem participação forte na economia e vocês precisam entendê-lo para se destacarem no futuro”, disse assim que iniciou o bate papo com estudantes dos cursos de Eletroeletrônica, Eletromecânica e Técnico em Engenharia de Alimentos.
A palestra integrou o 1º Seminário Espaço Indústria que aconteceu dentro da programação da Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação (Ffatia). O evento, que chega a sua 9º edição, segue até sexta-feira (31.10) no Centro de Convenções de Goiânia.
A palestra de Schreiner foi realizada no stand da Exposição de Produtos Lácteos do Centro-Oeste (Expolaco). No local, onde estão expostos produtos lácteos de indústrias do Centro-Oeste, o visitante pôde conhecer de perto o potencial de lançamentos e a qualidade de itens que já fazem parte do dia-a-dia do goianiense. O time de atrações é formado por leites, iogurtes, queijos, entre outras tantas delícias.
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O Expolaco, assim como o Seminário está sob o comando da faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás (UFG), de onde partiu o convite para que Schreiner falasse sobre a indústria da alimentação, as novidades do setor, o desenvolvimento de novos produtos e o uso de tecnologia de ponta que atraem cada vez mais consumidores.
Os alimentos e seus mercados
Durante sua palestra, José Mário falou sobre os desafios e as oportunidades para Goiás dentro do setor alimentício, da importância de uma atuação institucional e da urgência de profissionais que entendam o valor de estratégias empreendedoras. Citou também a mudança dos hábitos alimentares que teve sua base substituída e passou de cereais e vegetais para proteína animal.
Quanto às oportunidades, ele citou a alteração do quadro econômico mundial, que deve incluir o Brasil no ranking dos maiores PIBs do mundo – a expectativa é de que em 2050 o país esteja em 5º lugar -, e a inclusão de bilhões de consumidores que devem surgir com o aumento na renda da população. “Países desenvolvidos ainda possuem alta renda per capita direcionando os gastos em alimentos mais processados”, disse.
Além disso, o presidente da Faeg citou também o aumento da expectativa de vida e da urbanização. “O crescimento da expectativa de vida também se relaciona com uma melhoria na dieta. Com maior consumo de proteínas e alimentos de alto valor nutricional”, pontuou.
