Os leilões de ovinos ainda nem começaram na Expointer, mas o criador Volnei Merino já comemora a venda dos três animais que levou para a feira. As raças karaku e crioula, de origem asiática, são procuradas pela carne de sabor leve e pela lã, usada no artesanato. Os animais foram vendidos para um criador de Minas Gerais.
Este ano, a Expointer recebeu a inscrição de 849 ovinos, de 14 raças. A expectativa é de que a comercialização ultrapasse os R$ 848 mil do ano passado.
Um dos destaques é uma fêmea com 150 quilos, que conquistou o título de grande campeã na raça ile de france e também o de ovino mais pesado da feira. Satisfeito com o resultado, o proprietário Cesar Kuzener não pretende vender o animal.
O desafio do setor é aumentar a produção de carne, já que o rebanho nacional de 16 milhões de cabeças é insuficiente para abastecer o mercado interno. Para atender a demanda, o Brasil precisa importar carne ovina principalmente do Uruguai.
Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos, Paulo Schwab, o setor está aquecido. Os frigoríficos chegam a pagar R$ 11 pelo quilo do animal abatido.
Nilson Missel, presidente da Comissão de Ovinocultura, explica os fatores que influenciaram na valorização do preço pago ao produtor em comparação com o ano passado.