Em novembro, o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) registrou variação positiva de 3,4% em relação a novembro de 2021, acumulando alta de 1,3% nos primeiros 11 meses de 2022. Com isso, a expectativa é que o resultado de todo o ano passado, que será divulgado em fevereiro, seja um avanço de 1,4%.
“Esse crescimento será derivado de uma expansão de 2,9% no segmento de produtos alimentícios e bebidas e de uma leve queda, de 0,1%, no de produtos não-alimentícios”. Em novembro, o segmento de produtos alimentícios e bebidas subiu 7,9% em comparação com o mesmo mês de 2021, puxado pelos produtos de origem vegetal (21,9%), e o de não-alimentícios caiu 1,2%.
O cálculo do PIMAgro baseia-se em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI), da FGV.
O FGV Agro destacou que, em relação a outubro, o PIMAgro subiu, 0,7%, depois de seis meses consecutivos de quedas de um mês a outro. “Em novembro, o desempenho da agroindústria foi notadamente beneficiado pelo aquecimento do mercado de trabalho, bem como pela redução dos custos de produção”, avalia o centro.
Mesmo assim, a alta foi garantida exclusivamente pelo grupo de produtos alimentícios e bebidas (2,1%), uma vez que houve retração de 1% no de não-alimentícios — que só não foi maior por causa do desempenho positivo das áreas de biocombustíveis (que segue em recuperação após patinar nos primeiros anos da pandemia) e de insumos agropecuários.