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Produção de codornas

II Simpósio Internacional e I Congresso Brasileiro de Coturnicultura discutem nova estruturação do setor.

Redação AI 17/08/2004 – 09h30 – A Universidade Federal de Lavras sediou na quinta e sexta-feira o II Simpósio Internacional e I Congresso Brasileiro de Coturnicultura.  Estes são os mais importantes eventos, que abordam as técnicas de produção de Codornas, para corte e postura.

Segundo um dos organizadores dos eventos e Consultor Técnico da Uniquímica, Prof.  Antônio Gilberto Bertechini, a Coturnicultura mudou sua estrutura e maneira de atuar após o I Simpósio, em 2002.  “Havia muita confusão sobre a codorna de postura e corte, que são diferentes e agora, estamos explicando as diferenças e vantagens de ambas para que ocorra uma definição mais profissional da atividade” explica.  “Acredito que o setor caminha rumo a uma “avicultura industrial”, tamanho é sua potencialidade.  Antes faltavam informações sobre manejo, ambiência, índices zootécnicos e com este intercâmbio de informações, estamos projetando, de forma mais ampla, o setor”,  diz

Bertechini.  Ele cita como vantagem do setor, a possibilidade de em 45 dias, a fêmea de postura já colocar os primeiros ovos, os machos de corte, em 42 dias já são abatidos.  “É uma atividade que possui o dinamismo por uma de suas vertentes”, exemplifica o pesquisador. 

Segundo ele, falta ao setor maior projeção mercadológica devido à inexistência de planejamento estratégico de marketing, sem o qual uma importante atividade, como é a Coturnicultura, fica em  segundo plano na pecuária brasileira. “Mas em no máximo dois anos esta realidade já será revertida e acredito que dobraremos o consumo e a produção de ovos de codorna no Brasil”, afirma o Prof. Bertechini

Mercado

O setor tem merecido cada vez mais destaque ao longo dos anos, sua evolução tem sido constante e cada vez mais empresas do setor avícola tem mostrado interesse em melhorar a qualidade de seus produtos, produzir a custos mais baixos e atender ao consumidor da melhor forma possível.

Em 2002 foram produzidas 92,5 milhões de dúzias de ovos de codorna com 5.572.068 aves no Estado de São Paulo, que geraram uma receita de 48 milhões de reais. Média de R$ 25,95 uma caixa com 50 dúzias de ovos.

Os produtores do Estado de São Paulo receberam em média R$ 24,38 pela caixa de 50 dúzias durante o ano de 2003. (fonte IEA, 2003). Em relação ao plantel de codornas, verifica-se maior concentração na Região Sudeste com 58,90%, seguido da região Sul com 16,33%, região Nordeste com 15,96%, região Centro-Oeste com 5,96% e região Norte com 2,85%. Merece destaque o Estado de São Paulo que sozinho engloba cerca de 38,90% de todo o plantel nacional. (fonte:IBGE, 2002).

Na produção de ovos de codorna, destaca-se a Região Sudeste que detém quase 67,70% da quantidade produzida nacional. Somente o Estado de São Paulo detém 46,39% da produção nacional de ovos de codorna. São importantes também Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e outros estados da região Sul. (fonte: IBGE, 2002).

De toda produção atual, as granjas com menos de 100.000 aves são predominantes, representando mais de 50% da produção nacional. “A tendência é ficar somente com as granjas maiores. O consumo de ovos de codorna também sofre da mesma restrição mitológica do ovo de galinha, mas tem boas perspectivas de aumentar este consumo”, afirma o consultor da Uniquímica, empresa que possui todo suporte nutricional com premixes e núcleos para atendimento de toda fase da criação.  “Os debicadores também são muito usados e a Uniquímica sem dúvida consegue fornecer os melhores e com menores custos para o mercado”, explica Bertechini