Durante a pandemia do coronavírus, a produção de energia solar no Rio Grande do Sul disparou. De março a agosto, a capacidade instalada do Rio Grande do Sul aumentou em 125 MW (MW), de 299,6 MW para 424,9 MW, um aumento de 41,8%.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o estado responde por 13% da geração de energia elétrica do país. No total, o RS possui mais de 40 mil consumidores que geram ou recebem energia a partir da energia solar. 493 cidades têm pelo menos um sistema solar fotovoltaico.
“A maioria das empresas vem até nós para tentar reduzir os custos de energia. Por ser um fator que agora incomoda os proprietários, para a empresa, a energia solar chegou para reduzir esses custos. Esekiel Rosvadoski, sócio da empresa que vende e instala esses sistemas, disse que desde há crescimento em todos os campos, da agricultura ao residencial e comercial.
O investimento para instalação varia de R $ 12 mil para residências a R $ 100 mil para empresas, dependendo do tamanho e da quantidade de placas instaladas.
Tendo em vista todo o potencial energético presente no Rio Grande do Sul, a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) desenvolveu o primeiro Atlas Solar do estado, com objetivo de auxiliar futuros projetos que utilizem esse tipo de energia.
“Só neste setor, estamos criando mais de 12 mil empregos. Mas há mais um problema que é muito importante considerar. Quando o consumidor deixa de pagar uma determinada quantia de energia à distribuidora, esse recurso passa a circular na economia local ”, observa.
A produção de energia solar é uma alternativa limpa que, segundo especialistas, garantirá um retorno financeiro do investimento em cinco anos. Mas Rodrigo ressalta que a alternativa não é boa apenas do ponto de vista econômico.
“É mais sustentável, mais amigo do ambiente. Também precisamos pensar no que vai acontecer nas próximas gerações ”, afirma.