O relatório de Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial da USDA, divulgado nesta sexta-feira (12), aponta que a produção de soja nos EUA deve aumentar em 5% na safra 2023/24, chegando a 4,51 bilhões de bushels, impulsionada principalmente pelo aumento na produtividade. No entanto, as exportações do país devem diminuir devido à forte concorrência dos produtores sul-americanos, em especial do Brasil, que deve se manter como o maior produtor mundial.
O relatório também mostra que a produção global de oleaginosas deve crescer 43,8 milhões de toneladas na safra 2023/24, chegando a 671,2 milhões de toneladas. O aumento se deve principalmente à maior produção de soja na América do Sul e nos EUA, além do aumento na produção de girassol e canola na UE e de canola no Canadá. A produção de canola na Austrália deve ser menor devido às condições climáticas desfavoráveis.
No mercado internacional, o comércio de oleaginosas deve crescer menos de 1% em 2023/24, com o aumento das exportações de soja sendo compensado pela redução nas exportações de canola e girassol.
Demanda global
A demanda chinesa por soja deve continuar crescendo, mas em um ritmo menor do que nos últimos anos, enquanto a demanda europeia por todas as oleaginosas deve diminuir devido ao aumento da produção na região. Com a forte concorrência dos produtores sul-americanos e a demanda limitada, a participação dos EUA no comércio global de soja deve diminuir.
No que diz respeito ao preço, o preço médio da soja nos EUA deve cair de US$ 14,20 por bushel em 2022/23 para US$ 12,10 em 2023/24, enquanto os preços do farelo de soja devem cair US$ 90 por tonelada e os preços do óleo de soja devem cair 6 centavos de dólar por libra-peso.
Apesar do aumento na produção de soja nos EUA, o Brasil deve continuar como o maior produtor mundial da commodity, mantendo sua posição como principal concorrente dos produtores americanos no mercado internacional.