Uma fazenda em Nova Granada (SP) tem um pouco de tudo: gado, ovinos e criação de porcos. Mas, quando vai chegando o fim do ano, as atenções se voltam aos suínos, que têm uma carne macia e saborosa e que está presente em muitas mesas no Natal e, principalmente, na ceia de Ano Novo.
A fazenda faz todo o processo: cria, recria e engorda. A raça dos porcos é uma mistura do landrasse com large white. São 250 porcos que já estão pesando mais de 90 quilos e serão abatidos até as festas de fim ano.
Carlos Moro é agricultor e dono da fazenda. Ele diz que 90% dos porcos abastassem o mercado e o restante é vendido para um frigorífico.
Com o aumento dos preços da carne bovina, o porco estará com mais frequência na mesa dos brasileiros. Segundo o Instituto de Economia Agrícola, só no estado de São Paulo esse ano serão abatidos 17% a mais de suínos, comparando com o ano anterior. No ano passado, foi abatido 1,241 milhão de cabeças, mas neste ano será 1,456 milhão.
De uma granja em Tabapuã (SP) vão sair até 500 animais que estão pesando 110 quilos. Ademar Antônio é suinicultor e dono da granja desde 1993.
Essa é a principal atividade econômica da fazenda. Ele montou até uma fábrica de ração para dar conta da demanda, mas reclama do preço em que a arroba é vendida para os frigoríficos.
Paulo José Pedroso é agricultor e consultor. Ele presta assistência a diversas granjas no nordeste paulista e diz que os custos de produção neste ano subiram 35% em comparação ao ano passado.
Ele também diz que acredita que o mercado irá começar a melhorar, pois muitos países estão de olho na carne suína brasileira.