Da Redação 08/03/2004 – 06h44 – Os produtos orgânicos produzidos no Brasil vão render este ano ao País mais de US$ 15 milhões. A estimativa é da Agência de Promoção de Exportações (Apex), que se baseou nos negócios firmados na Biofach, a mais importante feira de orgânicos do mundo, realizada entre 19 e 22 de fevereiro em Nuremberg, Alemanha. Entre os orgânicos que serão mais vendidos pelo Brasil ao longo do ano estão café, açúcar, castanha de caju, mel, frutas frescas, polpa de frutas, sucos, cereais e legumes.
A produção, que atualmente gera emprego e renda para mais de 3,3 mil famílias, especialmente agricultores e cooperativas, é totalmente certificada por empresas reconhecidas internacionalmente e seguem uma série de exigências que permite identificar a origem e o sistema usado na produção.
“Essa busca por alimentos cada vez mais seguros, livres de químicos e focados nas questões ambientais é que está levando o setor a se tornar um dos mais dinâmicos do mercado internacional”, explicou a gerente da área de Orgânicos da Apex, Liliane Rank.
Segundo Liliane, a demanda mundial por orgânicos que atualmente é de US$ 30 bilhões por ano deverá aumentar 30% a cada ano. “É um mercado crescente, muito visível e positivo para o país”, disse.
No Brasil, a estimativa do governo é de um incremento anual de 15% nas exportações, principalmente para mercados dos Estados Unidos, Europa e Japão, considerados os maiores consumidores. “Tudo indica vantagens para o setor. Além de termos produtos de qualidade, o Brasil já traz a imagem de um país com imensas reservas naturais e com grandes áreas agricultáveis, o que aumenta mais nossas possibilidades de negócios”, disse.
Atualmente, 45 empresas brasileiras, pequenas e médias em sua maioria, atuam no segmento. A produção anual de orgânicos brasileiros está avaliada em US$ 100 milhões.