Da Redação 05/01/2004 – 00h20 – Em 2004, o programa Empreendedor Rural (Senar-PR e Sebrae) vai formar 200 novas turmas com 20 participantes cada, beneficiando diretamente 4.000 agropecuaristas de diferentes regiões do Estado que buscam modernizar-se e explorar a potencialidade criativa.
Este número significa o dobro de produtores rurais treinados em 2003 e distribuídos em 106 turmas, totalizando 2.000 pessoas. “Impressiona o entusiasmo com que o campo aderiu a esta iniciativa”, sintetiza Ágide Meneguette, presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná (Senar/PR).
As turmas treinadas neste ano entrarão na segunda fase do treinamento em 2003 e serão monitoradas à distância pelos organizadores. A terceira fase terá aulas presenciais. Além de orientações via internet e teleconferência, os inscritos participarão de elaboração de projetos envolvendo aspectos econômico e social. Ronei Volpi, superintendente do Senar-PR, assegura “pretendemos formar uma grande confraria do empreendedor rural no Estado”.
O empreendimento soma conceitos de formação profissional rural por parte do Senar e empreendedorismo sob responsabilidade do Sebrae. Enquanto a primeira entidade qualifica e aperfeiçoa produtores e trabalhadores rurais, a segunda disponibiliza ferramentas para fortalecimento das micro e pequenas empresas. Tudo isto a partir de ações de desenvolvimento sustentável e competitividade.
Os participantes recebem orientações sobre desenvolvimento humano e gestão empreendedora. Também é desenvolvido projeto na propriedade do participante, em grupo de propriedades ou na comunidade rural.
Gestão competente – O Programa Empreendedor Rural foi desenvolvido por doutores em agricultura e educação. Neste ano, a partir de agosto, esteve dividido em 12 encontros semanais. Foram nove encontros com duração de oito horas e três encontros de 16 horas. Total da carga-horária: 120 horas.
O programa entende que “mais do que a competência funcional”, o agricultor precisa ser um empreendedor. Portanto, necessita acumular modernos conhecimentos sobre eficiência gerencial, além de saber aplicar bem os recursos disponíveis, conhecer as leis de seu setor, conscientizar-se da importância da preservação ambiental e reconhecer que ele precisa investir em modernas tecnologias capazes de aumentar a produtividade com custos que justifiquem o investimento.
Tudo isto produz uma boa gestão da propriedade rural inserida no agronegócio. Este transcende o simples ato de produzir, estendendo seus efeitos sobre a cadeia produtiva e a setores relacionados direta ou indiretamente a ela. Em mercados extremamente competitivos, o empreendedorismo competente passa a ser ferramenta indispensável para quem pretende continuar no ramo, diz o dirigente rural paranaense.