Dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam para o crescimento da produção de carnes no Brasil. A expectativa é que a produção e o comércio cresçam significativamente até 2032, impulsionando a economia do país.
Dentro do período de 2022/23 a 2032/33, as carnes que mais se destacam com as maiores taxas de crescimento anual na produção são a carne de frango, com 2,4%, a carne suína, com 2,3%, e a carne bovina, com 1,2%. Atualmente, a produção total de carnes no país está estimada em 29,6 milhões de toneladas para o ano de 2022/23, com uma projeção para atingir 36,2 milhões de toneladas ao final da próxima década. Isso representa um aumento de produção de 22,4%, sendo a carne de frango a que mais deve crescer, com um impressionante acréscimo de 28,1%, seguida pela carne suína, com 23,2%, e a carne bovina, com 12,4%.
Em relação ao consumo doméstico, as projeções também indicam um crescimento consistente. Entre 2022/23 e 2032/2033, espera-se um aumento anual de 2,2% no consumo de carne de frango, alcançando a marca de 12,9 milhões de toneladas em 2032-33. A carne suína passa a ocupar o segundo lugar em crescimento de consumo, com uma taxa anual de 2,2% nos próximos anos. Por outro lado, a carne bovina projeta um crescimento mais moderado, com uma taxa anual de 0,4%.
As exportações de carnes têm um papel fundamental no crescimento do setor e se apresentam como uma variável de grande relevância na economia brasileira. De acordo com as estimativas, as perspectivas para as exportações brasileiras de carnes são promissoras. A carne de frango deve crescer 2,8% ao ano, a carne bovina 2,6%, e a carne suína 2,9%, demonstrando taxas consideradas elevadas.
O relatório do USDA, referente ao ano de 2032, classifica o Brasil como o primeiro exportador de carne bovina, com uma participação significativa de 28,5% no mercado global. Em segundo lugar, a Índia, seguida pela Austrália e os Estados Unidos. No segmento de carne suína, o Brasil figura em terceiro lugar, ficando atrás da União Europeia e dos Estados Unidos. Já no setor de carne de frango, o Brasil lidera as exportações, detendo 35,5% do mercado mundial, com os Estados Unidos em segundo lugar, com 25,0%, e a Tailândia, com 8,5%.
As exportações mundiais de carnes também apresentam um cenário favorável para a próxima década, com projeção de acréscimo de 13,9% nas exportações de carne suína, 22,7% nas exportações de carne de frango e 16,3% nas exportações de carne bovina, de acordo com o USDA.
Diante dessas projeções otimistas, as exportações brasileiras de carnes devem alcançar 11,7 milhões de toneladas ao final do período de projeções, representando um crescimento significativo de 30,8% em relação ao ano inicial, quando foram exportadas 9,0 milhões de toneladas. O setor de carne suína deve liderar esse crescimento com um aumento de 33,5%, seguido pela carne bovina, com 29,7%, e pela carne de frango, com 30,9%.
Os principais mercados para a carne bovina brasileira são a China, os Estados Unidos e o Japão, com a China projetando importar 28,8% da carne bovina exportada em 2032, abrindo boas oportunidades para o Brasil, Argentina e outros países. Quanto à carne de frango, os principais destinos são Arábia Saudita, África Subsaariana, China, México, Hong Kong, Japão e União Europeia. Já para a carne suína, os principais mercados são a China, o Japão, o México, a Coreia do Sul e os Estados Unidos.