A suinocultura tem um novo desafio pela frente. Nos últimos quatro anos, se têm ampliado o registro de ocorrências de prolapso nos plantéis de fêmeas suínas.
O aumento de casos começou a ser identificado nos Estados Unidos, mas rapidamente se notou situações muito parecidas em outros países das Américas.
A situação preocupa porque gera alto impacto econômico às produções, já que a ocorrência de prolapso eleva os índices de mortalidade e/ou necessidade de eutanásia das matrizes, além da perda de potencial produtivo.
“Trata-se de uma ocorrência crítica, inquietante e bastante incômoda na rotina diária da granja”, destaca Amanda Pimenta Siqueira, gerente de Serviços Técnicos da Agroceres PIC, e que tem se debruçado em estudos sobre o tema.
Uma curiosidade é que este problema se mostra mais intenso em criações de suínos nas Américas do que nas suinoculturas europeias.
Entre as várias hipóteses para esta situação, estão aspectos ligados à nutrição, como menor adição de fibras nas dietas ofertadas aos suínos nas Américas, e ao bem-estar animal, como o não corte da cauda na Europa.
“Esse é um fenômeno que vem sendo estudado. Ainda não se tem uma resposta precisa para essa questão. Primeiro, porque a manifestação de prolapsos é multifatorial. Pode estar associada à matriz suína ou ao ambiente de produção em que ela está alojada”, comenta Amanda.
“Então há algumas hipóteses que vêm sendo trabalhadas para explicar a maior incidência de prolapsos entre os produtores das Américas em relação aos da Europa”, complementa a especialista.
Nesta entrevista exclusiva à Suinocultura Industrial, a médica veterinária e especialista em Reprodução Animal, Amanda Pimenta Siqueira, traça um panorama da evolução dos casos de prolapso na suinocultura, apontando as principais causas e hipóteses, além de ressaltar a importância de se identificar os fatores de riscos e adotar medidas de prevenção dentro das granjas. Confira.