O candidato à presidência do Conselho da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) pela “União com Responsabilidade”, Irineu Wessler, divulgou hoje (02/06) uma carta na qual explica como se deu a formação da chapa. Segundo divulgou, a “União com Responsabilidade” conta com o apoio e participação de 11 das 13 entidades estaduais filiadas à ABCS.
No documento, Wessler dá sua versão para a não participação da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) e da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) na chapa. Acompanhe a íntegra do documento.
“Os integrantes da chapa União com Responsabilidade foram escolhidos após quase dois meses de intensas e francas negociações e agregam 11 entre os 13 estados produtores afiliados a ABCS. Trata-se do resultado de uma proposta construída em torno da unidade, da convergência e do fortalecimento político e institucional dos suinocultores brasileiros.
Por isto fizemos questão de destacar o sentido de “União” no nome da nossa chapa. E, foi em nome desta posição firme em direção senso comum, visando preservar e fortalecer os interesses do produtor, que, nos últimos meses, procuramos as lideranças de São Paulo e de Santa Catarina para que passassem a participar mais ativamente do processo político, executivo e institucional da ABCS.
O desafio colocado é claro e objetivo: dar continuidade à proposta de trabalho em curso, aprofundar e acelerar resultados, mas ao mesmo tempo promover bases de harmonização de propósitos e de conciliação entre nossas lideranças.
“Responsabilidade”, o outro termo que compõe o nome da nossa chapa, refere-se à proposta de trabalho. Temos avançado significativamente na superação dos obstáculos que limitam a sustentação do negócio da suinocultura no Brasil. No entanto, falta muito a ser feito. Precisamos enfrentar com coragem e prioridade o problema do baixíssimo nível de demanda por parte do consumidor final em nosso país, que, na prática, se traduz sistematicamente em preços pagos pelo suíno vivo incompatíveis com os custos de produção, com o grau de desenvolvimento tecnológico da atividade, com os rigores das exigências sanitárias, de manejo e de ordem ambiental. Em suma, o preço do suíno vivo no Brasil não pode ser exclusivamente resultado de manipulações de mercado, ou da decisão de compradores externos totalmente alheios à nossa realidade. Temos um mercado interno de tamanho invejável e aprofundar essa política significa, na prática, reconhecer a força e a viabilidade de um mercado de 185 milhões de brasileiros, hoje minimamente explorado por nós.
A chapa União com Responsabilidade reconhece o trabalho desenvolvido nos últimos quatro anos, mas acha que precisamos avançar mais, e mais rapidamente, em direção aos nossos objetivos estratégicos. Destacamos a meta de aumentar a demanda em 2 kg no consumo per capita, nos próximo três anos, como etapa apenas inicial de um processo que visa recolocar a carne suína no lugar que ela já ocupou na mesa do consumidor brasileiro e que ainda ocupa na preferência da grande maioria dos consumidores de todo o mundo.
Sozinha, a ABCS não conseguirá atingir esses objetivos. Precisamos construir um real entendimento e envolvimento de todos os elos da cadeia produtiva, desde as indústrias de insumos e prestadoras de serviço para o segmento da produção, passando pela indústria de processamento e distribuição da carne suína e, finalmente, pela área de comercialização. Outros países já superaram barreiras semelhantes. Nós também podemos fazê-lo.
Temos um programa de trabalho concreto e palpável, que sinaliza metas e objetivos específicos. E, nesse processo de valorização da carne suína, contamos com a participação de cada elo da cadeia produtiva, de cada estado produtor, de cada suinocultor. Mas, conclamamos particularmente as lideranças de todas as unidades federativas associadas a participar do processo da forma mais altruísta e compromissada possível. Somos vitoriosos dentro de nossas granjas. O produtor brasileiro é um gigante quando comparado a seus concorrentes. A nossa vitória estratégica conjunta depende, no entanto, da nossa União política, que é consequência da Responsabilidade de cada um perante o programa de trabalho estabelecido.
União com Responsabilidade, uma vitória do suinocultor brasileiro.
Desde já, colocamo-nos à disposição de todos para o que se fizer necessário”.