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Recuperação dos Preços na Suinocultura Brasileira: Perspectivas e Desafios

Recuperação dos Preços na Suinocultura Brasileira: Perspectivas e Desafios

A recuperação dos preços pagos aos suinocultores, observada desde o final do primeiro trimestre de 2024, trouxe um alívio para os produtores que enfrentavam dificuldades econômicas. Esse cenário é impulsionado por um aumento nas exportações e maior consumo no mercado interno, gerando uma perspectiva positiva para o setor. No entanto, apesar dessa melhora, os suinocultores independentes ainda enfrentam desafios significativos, especialmente em relação ao passivo acumulado.

Para a suinocultura se estabilizar e continuar crescendo de maneira sustentável, é crucial que os preços se mantenham elevados por pelo menos dois anos. Esse período permitirá que os produtores ajustem suas finanças e regularizem as pendências acumuladas durante os anos de crise. A atual recuperação, embora encorajadora, não garante uma estabilidade duradoura sem uma gestão eficiente e estratégica.

O setor deve focar na produtividade, adotando tecnologias que compensem a escassez de mão de obra e aumentem a eficiência nas propriedades rurais. A implementação de novas tecnologias é fundamental para manter uma produção estável e melhorar a rentabilidade sem a necessidade de expandir o plantel. O crescimento descontrolado, como o ocorrido após o surto de peste suína africana na China, deve ser evitado para não gerar uma nova queda de preços.

A desaceleração da economia chinesa, com um crescimento do PIB projetado em torno de 4%, também contribui para uma demanda menor por carne suína. Nesse contexto, é vital que cooperativas e empresas do setor incentivem a estabilidade em vez da expansão indiscriminada. A manutenção de um plantel estável e o foco na produtividade podem maximizar os ganhos e assegurar uma rentabilidade sustentável para os suinocultores.

Preços e Cotações Atualizados

Atualmente, os preços do suíno vivo permanecem estáveis em quatro dos cinco estados monitorados:

  • Santa Catarina: R$ 8,40/kg
  • Paraná: R$ 8,50/kg
  • São Paulo e Minas Gerais: R$ 8,95/kg
  • Rio Grande do Sul: R$ 8,15/kg (o mais baixo entre os estados)

Para a carcaça suína especial, o preço também se mantém estável, a R$ 13,00/kg. Já o quilo do frango congelado registrou alta, sendo cotado a R$ 7,35 nas regiões de referência da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado. No mesmo local, o quilo do frango resfriado custa R$ 7,50. A arroba do boi gordo está em queda, atualmente cotada a R$ 252,45.

Esses dados reforçam a necessidade de uma gestão cuidadosa e de uma abordagem estratégica para garantir a continuidade dos bons resultados na suinocultura. Com o foco na estabilidade e na produtividade, o setor tem o potencial de manter sua força e prosperar no cenário do agronegócio brasileiro.