As brigas de galo são proibidas no Brasil há quase 50 anos. Mas na clandestinidade, criadores e apostadores insistem na contravenção.
Em Goiânia, a polícia descobriu dezenas de galos que eram usados nos combates. Alguns dos animais estavam bastante machucados.
Em gaiolas minúsculas, cobertas por uma lona, foram encontrados 30 animais. Dezessete são galos de briga. Os agentes também acharam objetos para treinar os animais e esporas de plástico, usadas nas rinhas. Os galos estão bastante machucados.
“Alguns com lesões permanentes, como cegueira. Então, está caracterizando pra gente como animais que sofreram maus tratos”, explicou o veterinário Luís Camargo.
Em outra casa, foram encontrados mais de 170 galos, todos da raça índio gigante, considerada uma das mais agressivas e muito usada em rinhas.
Segundo a polícia, os animais pertencem a donos diferentes. O local funcionava como uma espécie de criatório e pensão para as aves que eram levadas para torneios em Cuiabá e até na Bolívia e no Paraguai. Na casa, foram encontradas ainda três arenas, uma delas móvel. O que levanta a suspeita de que no local também eram realizadas as brigas de galo.
Em um dos ambientes estavam sendo mantidos os animais em piores condições. Segundo a polícia apurou, assim que voltavam das rinhas, os galos mais machucados ficavam isolados dentro de sacolas para uma suposta recuperação. Pelo menos 12 galos foram encontrados com ferimentos graves.
Do lado de fora da casa, dezenas de aves mantidas em gaiolas individuais também apresentavam sinais de maus tratos.
Todos os animais apreendidos devem ficar com o próprio criador até que a Justiça decida o que deve ser feito.
Além de multados, os donos das casas onde os galos foram apreendidos responderão por crime de maus tratos.