A sustentabilidade é um tema cada vez mais forte dentro das cadeias produtivas de alimentos. O contexto das mudanças climáticas e as exigências dos consumidores têm levado os governos a adotarem políticas focadas, por exemplo, em redução de emissões de carbono dentro das produções agropecuárias. O Brasil sempre teve uma produção, em sua maioria, agrossustentável, mas tem extrema dificuldade para apresentar este avanço no mercado internacional.
O próprio mercado de carbono carece ainda de uma regulamentação. A expectativa é que dentro do COP 26, na Escócia, este ano, se consiga um consenso em torno do artigo 6 do Acordo de Paris, que visa exatamente regulamentar as práticas que subsidiem a formação deste mercado.
Independente disto, no ano passado foi lançado o selo Carne Carbono Neutro (CCN) dentro de um projeto de parceira entre a Embrapa e a empresa Marfrig, tendo como base estudos e experiências da Embrapa no desenvolvimento do sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
O pesquisador Roberto Giolo de Almeida, da Embrapa Gado de Corte, foi um dos coordenadores do projeto Carne Carbono Neutro e Éo entrevistado do canal TV Gessulli nesta terça-feira, com retransmissão para os sites Suinocultura Industrial e Avicultura Industrial. O especialista irá debater o mercado global de carbono, a sustentabilidade no agro brasileiro e os principais pontos do CCN.