Incomodada com a proximidade da senadora Kátia Abreu com o governo, uma parte da bancada ruralista no Congresso Nacional articula uma chapa de oposição a ela na Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). É o que informa o colunista Felipe Patury na edição desta semana da revista Época, da Editora Globo, da qual também faz parte Globo Rural.
Segundo o colunista, os ruralistas “temem que Kátia, senadora pelo PSD de Tocantins, acabe conferindo à entidade dos fazendeiros uma coloração partidária – no caso a vermelha”. Ainda de acordo com a nota, eles procuram “um ex-ministro da Agricultura”, de nome não mencionado, para ser o concorrente de Kátia.
O assunto levou entidades ligadas ao agronegócio a se pronunciarem durante a semana. Na última quinta-feira (14/8), a Federação de Agricultura de Mato Grosso (Famato) publicou uma nota de apoio a Kátia Abreu.
“Respondendo à confiança depositada pelo setor, Kátia Abreu realiza trabalho incansável no objetivo de construir para o agronegócio a competitividade e o reconhecimento merecido. Os resultados deste trabalho e o fortalecimento do setor dependem da união e do apoio de suas lideranças”.
Na sexta-feira (16/8), a Frente Parlamentar Agropecuária, da qual a própria Kátia Abreu faz parte, fez sua manifestação. Em nota, a entidade não questionou nem elogiou a atuação da parlamentar. Apenas se disse suprapartidária com o objetivo de defender o agronegócio e que, para cumpri-lo, conta com o apoio da CNA.
“A FPA declara que respeita o posicionamento de seus integrantes, mas que essas manifestações são de inteira responsabilidade de cada parlamentar e não expressam a opinião da FPA”, informava a nota assinada pelo deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que preside interinamente a entidade.