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Sanidade

Sanidade Suídea do IMA discute Plano Integrado de Vigilância

Plano Integrado amplia o escopo das doenças-alvos de vigilância para Peste Suína Clássica (PSC), Peste Suína Africana (PSA) e Síndrome Respiratória Reprodutiva Suína (PRRS

Sanidade Suídea do IMA discute Plano Integrado de Vigilância

Reunião on-line realizada nesta segunda-feira (15/2) discutiu as primeiras tratativas do ano sobre o Plano Integrado de Vigilância de Doenças em Suínos no estado. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é o responsável em Minas pela fiscalização sanitária do plantel suinícola. O Plano Integrado amplia o escopo das doenças alvos de vigilância para Peste Suína Clássica (PSC), Peste Suína Africana (PSA) e Síndrome Respiratória Reprodutiva Suína (PRRS).

Participaram do encontro virtual 66 servidores e membros do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Entre as deliberações acordadas, destacam-se a redefinição dos componentes do sistema e a vigilância baseada em riscos, contendo planejamento de vistorias pontuais e estratégicas no estado.

A vigilância baseada em risco, que será realizada pelos fiscais do IMA, pode prevenir ainda mais a introdução e disseminação das doenças.

“Os resultados esperados incluem a ativação de respostas rápidas e o apoio a certificação e negociações comerciais.  A vigilância baseada em risco diminui tempo de resposta a uma suspeita de doença, além da economia de recursos em diárias, combustível e análises de laboratório”, explica a coordenadora estadual de Sanidade Suídea, a fiscal do IMA, Júnia Mafra.

O Plano Integrado está em consonância com normas publicadas pelo Departamento de Saúde Animal (DSA), que foram revisadas para fortalecer a detecção precoce das doenças e demonstrar a ausência de PSC, PSA e PRRS.

Vigilância 

Por meio do Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS), o IMA executa em Minas diversos trabalhos de defesa sanitária com o objetivo de assegurar a sanidade do plantel suinícola do estado. Uma das ações contempladas é a vigilância permanente da Peste Suína Clássica (PSC), realidade que é aplicada tanto para as zonas livres da doença, quanto para aquelas que apresentam focos.

Minas é zona livre de PSC desde 2001 com reconhecimento do Mapa. Em 2016, o estado recebeu o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de Peste Suína Clássica (PSC). A concessão do status de área livre contribui para que o estado amplie sua participação no mercado internacional, aumentando as vendas de carne suína para outros países.

O status de área livre de PSC foi conquistado pelo serviço de defesa sanitária animal do IMA em conjunto com os produtores e granjas. Entre as diversas ações realizadas estão a coleta periódica de soro de reprodutores em frigoríficos, com objetivo de identificar a existência do vírus da doença em animais e o atendimento às notificações de suspeita de animais com PSC.

Cartilha

Suinocultores mineiros podem se informar em cartilha elaborada pelo IMA. Clique aqui para saber mais sobre as formas de transmissão e medidas preventivas para a Peste Suína Clássica e Peste Suína Africana.

O Brasil está sob vigilância constante pelos órgãos de defesa agropecuária de todo o país. Em 2018, ocorreram focos de PSC nos estados do Ceará e, em 2019, no Piauí e Alagoas, considerados área não livre de PSC. Foi necessário eliminar esses animais que tiveram resultado positivo da doença, pois o vírus não respeita fronteiras. Todas as regiões livres de PSC, incluindo Minas, adotam medidas rigorosas para prevenir a entrada do vírus nas granjas. No estado, o IMA têm atuado nas fronteiras, impedindo a entrada destes animais infectados.

Notificações

Desde janeiro de 2020, cidadãos, produtores rurais e médicos veterinários de Minas podem notificar, de forma online e integrada, casos suspeitos de doenças e alta mortalidade em bovinos, bubalinos, equinos, caprinos, ovinos, suínos e aves. O Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (Sisbravet), engloba os órgãos de defesa agropecuária do país agilizando os atendimentos e reduzindo os custos com perdas e tratamentos de animais para os pecuaristas. Já na ponta da cadeia produtiva, favorece a qualidade dos produtos aos consumidores estimulando acordos comerciais para o estado.

A Coordenação de Informação e Epidemiologia do IMA faz verificações diárias no Sisbravet para acompanhamento dos lançamentos e, observadas inconsistências, são imediatamente enviadas aos responsáveis pelos programas sanitários para que solicitem as adequações. O sistema é integrado com a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) para acesso de dados de cadastro, população animal e laudos de diagnóstico. Conta também com informações sobre doenças e sintomas.

A plataforma recebe as notificações por meio do link de sua página e nos sites próprios de cada um dos órgãos de defesa agropecuária. Os registros são direcionados imediatamente às Unidades Veterinárias Locais (UVL) de todo o país, no caso de Minas Gerais, recebidas pelos escritórios do IMA lotados estrategicamente no estado.