Crescimento da genética avícola revelado em relatório de 2017, na avaliação de Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, evidencia a sanidade do plantel brasileiro. De acordo com números da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) o volume em toneladas das exportações de ovos férteis de galinha e pintos de um dia cresceu 27,02% de 2016 para 2017. O total embarcado passou de 10.153 toneladas para 12.897 toneladas, com destaque dos ovos férteis, cujo volume subiu de 9.399 t para 12.055 t (+28,25%).
A comercialização dos ovos atingiu US$ 49,4 milhões, no ano passado, ante US$ 41,7 milhões no ano anterior. No caso dos pintinhos de um dia a alta foi de US$ 65,8 bilhões para US$ 69,9 milhões. Pela série histórica a partir de 2004, a evolução fica ainda clara, ano em que a exportação de pintinhos foi de US$ 8,9 milhões e de ovos férteis, de US$ 6,7 milhões. Os principais importadores foram os países da África, Oriente Médio, Américas, Ásia e União Européia.
“O Brasil se tornou o grande hub de embarque de material de reprodução para o mundo, uma vez que há exportadores desses produtos que têm, sistematicamente, focos de influenza aviária. O Brasil, em todos esses anos, mesmo tendo um sistema produtivo muito grande, tem demostrado segurança e evitado que essa enfermidade atinja os animais de produção”.
O secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, avalia que a genética avícola deu muito certo, despertando o interesse de outros países. “Estamos exportando a tecnologia embarcada nos nossos animais para o mundo, além da nossa proteína animal final”.
O Paraná foi o estado que mais vendeu material genético, respondendo por 39,8% do share de mercado, seguido por São Paulo com 18,54%. Um total de 50,9% das exportações foram feitas a partir do aeroporto de Guarulhos (SP).