Santa Catarina encerra 2017 faturando alto com as exportações de carnes. Ao todo, o estado embarcou mais de 1,34 milhão de toneladas de carnes para cerca de 130 países, gerando uma receita que passa de US$ 2,6 bilhões. Os números demonstram a importância do agronegócio catarinense para a economia brasileira. No último ano, 40,4% da carne suína exportada pelo Brasil teve origem em Santa Catarina.
Maior produtor nacional de suínos e com um status sanitário diferenciado, Santa Catarina vem ampliando os embarques do produto. Em 2017, foram 276,5 mil toneladas de carne suína vendidas para mais de 50 países – um aumento de 0,8% em relação ao ano anterior. As receitas geradas com as exportações também foram maiores e passaram de US$ 639,2 milhões (15% a mais do que em 2016). Os principais compradores da carne suína catarinense foram Rússia, China, Hong Kong, Chile e Argentina.
A carne de frango é o carro chefe das exportações catarinenses – o produto responde por 17,7% de tudo o que o estado exportou em 2017. Ao longo do ano foram embarcadas 971 mil toneladas de carne de aves, uma queda de 2,9% em relação a 2016. Mesmo com uma quantidade menor, o estado ampliou as receitas em 6,4% e faturou US$ 1,8 bilhão no último ano. A carne de frango produzida em Santa Catarina chega a mais de 120 países e os principais compradores são Japão, China, Países Baixos e Arábia Saudita.
Outras carnes
Santa Catarina é ainda exportador de carne de peru, marreco e de pato. Em 2017 foram 35,9 mil toneladas de carne de peru, faturando US$ 88,3 milhões e 3,4 mil toneladas de carne de pato e de marreco com uma arrecadação de US$ 8,9 milhões.
Embora não seja um grande exportador de carne bovina, o estado embarcou 2,5 mil toneladas no último ano e as receitas com as vendas chegam a US$ 8,3 milhões (crescimento de 69,2% em relação ao ano anterior).
Santa Catarina contabiliza ainda a exportação de 57,9 mil toneladas de miudezas, preparações e outras carnes com dividendo de US$ 67,3 milhões.
A proteína animal continua sendo o carro chefe do agronegócio catarinense. Segundo o secretário da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, o segredo está na saúde dos rebanhos. “A sanidade animal é prioridade em Santa Catarina, justamente porque dá acesso aos mercados mais competitivos do mundo. Sem contar na melhoria da saúde também para os produtores rurais e consumidores”. Hoje, Santa Catarina é o único estado do país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal como área livre de febre aftosa sem vacinação e, junto com o Rio Grande do Sul, faz parte de uma zona livre de peste suína clássica.
Os números foram divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).