A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul está na fase final das atividades de contenção do foco da doença de Newcastle na região de Anta Gorda. Desde 25 de julho, a mobilização de 89 servidores, incluindo fiscais agropecuários e técnicos agrícolas, permitiu ao Ministério da Agricultura e Pecuária anunciar o encerramento do foco.
Neste fim de semana, todas as propriedades avícolas dentro dos raios de três e dez quilômetros do foco foram visitadas. As revisitas continuam, avaliando as medidas de biosseguridade das granjas comerciais. Francisco Lopes, diretor-adjunto da Seapi, explicou que essa auditoria de biosseguridade não está no Plano de Contingência, sendo uma medida adicional para garantir a segurança.
A fiscal Brunele Weber Chaves, da Regional Alegrete, relatou os desafios enfrentados devido às enchentes de maio, que danificaram estradas e pontes, dificultando o acesso às propriedades. Ela e outras equipes inspecionaram cerca de 200 propriedades cada.
Das oito barreiras sanitárias iniciais, três permanecem ativas 24 horas por dia, com apoio da Brigada Militar, que mobilizou 50 servidores. As equipes, trabalhando em turnos de seis horas, desinfetam veículos e controlam a movimentação de produtos avícolas. Eduardo Zart, chefe da Divisão de Controle e Informações Sanitárias da Seapi, destacou que a redução das barreiras permitiu redimensionar as equipes, agora totalizando 25 servidores.
A Seapi utiliza uma ferramenta de geoanálise desenvolvida pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para gestão de emergências sanitárias, financiada pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). Essa tecnologia reduz o tempo de análise de dados de horas para minutos, aumentando a eficiência na resposta ao foco, conforme explicou Francisco Lopes.
As barreiras sanitárias restantes devem continuar operando até 1º de agosto, caso não haja novas ocorrências.