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Peste Suína Africana

Sem matrizes, Vietnã demora mais a recuperar produção

Em meio a crise de PSA, o país tem importado mais carnes de frango e suína do Brasil

Sem matrizes, Vietnã demora mais a recuperar produção

A situação do Vietnã em relação à Peste Suína Africana (PSA) é pior do que a registrada pela China. Essa é uma das avaliações possíveis a partir do relatório do Rabobank sobre o cenário global da PSA. O maior problema do país do sudeste asiático é a redução acentuada no número de matrizes suínas, o que deve impactar em uma queda maior na produção de carne em 2020. Em meio a esse cenário, o país tem importado mais carne de frango e suína do Brasil.

O Rabobank estima que a produção de carne suína no Vietnã em 2019, em comparação com o ano anterior, tenha caído 14%, para 2,41 milhões de toneladas. Já no atual ano, o banco holandês calcula que deve ocorrer uma perda de 21% na produção vietnamita.

Contribui para a demora na recuperação, de acordo com os analistas do Rabobank, a relutância dos produtores locais em retomar a produção por medo de recontágio. Outro problema apontado é o reduzido capital de giro dos produtores.

Apesar disso, os investimentos em novas granjas de produção devem aumentar nesse ano. Contudo, apenas em 2021 os reflexos desses investimentos devem ocorrer no mercado.

VIETNÃ COMPRA MAIS DO BRASIL

Diante dos problemas da PSA, o Vietnã tem recorrido ao mercado externo para atender à sua demanda interna por carnes. O Brasil é um dos principais beneficiados por esse cenário, com o aumento das remessas tanto de carne suína quanto de frango.

No acumulado do primeiro bimestre de 2020, o país importou US$ 7,87 milhões apenas em proteína suína do Brasil. O montante importado pelo Vietnã no período é 316,7% superior ao registrado no mesmo período de 2020.

O Vietnã ampliou ainda em 47,2% as compras de carne de frango. Na soma de janeiro e fevereiro, as remessas da proteína somaram US$ 5,41 milhões.