A abertura do mercado da Coreia do Sul para a carne suína brasileira foi comemorada pelo setor. A princípio, quatro plantas produtoras instaladas em Santa Catarina devem começar a exportar o produto para o país oriental: Aurora, BRF, Pamplona e Seara.
A escolha desse estado ocorre porque ele é o único reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal como livre da febre aftosa sem vacinação. “Este status é uma pré-condição estabelecida por países como Coreia do Sul e Japão (cuja abertura ocorreu em 2013) para a habilitação de plantas”, destaca em nota a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O recebimento do certificado de livre da febre aftosa sem vacinação, contudo, pode abrir a possibilidade de exportação para outros estados.
A entidade comemorou o anúncio feito nesta quinta-feira (17) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, sobre a abertura do mercado da Coreia do Sul para a carne suína do Brasil.
De acordo com o vice-presidente técnico da ABPA, Rui Eduardo Saldanha Vargas, a conclusão do formato de Certificado Sanitário Internacional era a última etapa para a viabilização das vendas para o mercado sul-coreano.
“Foram mais de 10 anos de negociações até a consolidação da abertura. É uma vitória para o setor e para o Brasil, graças ao efetivo trabalho das várias forças envolvidas e do engajamento do Ministério”, destaca.
Segundo o vice-presidente de mercados da associação, Ricardo Santin, o mercado sul-coreano tem grande potencial para se tornar um dos maiores importadores da carne suína produzida no Brasil.
“A Coreia do Sul é a quarta maior importadora mundial de produtos suínos. Apenas em 2017, foram mais de 645 mil toneladas (segundo o USDA) provenientes de vários destinos. Após enfrentar um cenário de crise no setor, temos boas expectativas com as vendas para este mercado, que poderá se posicionar, em breve, entre os maiores destinos do nosso produto exportado”, analisa.