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Entrevista

Tecnologias 4.0 irão transformar os frigoríficos, mas correta aplicação estatística de dados é etapa anterior e decisiva

As inovações chegam com uma velocidade impressionante às indústrias de proteína animal, mas o sucesso da implantação destas tecnologias depende de um correto delineamento do que se busca em termos de produtividade, rentabilidade e mix de produtos  

Tecnologias 4.0 irão transformar os frigoríficos, mas correta aplicação estatística de dados é etapa anterior e decisiva

Por Humberto Luis Marques

 

As tecnologias responsáveis por alavancar os índices de eficiência dos frigoríficos, reduzindo mão de obra e contribuindo para a baixa dos custos e maior rentabilidade, já estão disponíveis no mercado. As inovações chegam dentro do movimento tecnológico conhecido como 4.0, que agrega soluções como big data, inteligência artificial, sensores e outros. Os processos serão cada vez mais autômatos e menos dependentes da interferência humana. No entanto, esse não é um processo puro e simples linear.

A capacitação de quem alimenta os sistemas com informações é fundamental para o sucesso destas tecnologias nas plantas industriais. Também, um planejamento adequado das reais necessidades daquela unidade frente ao perfil de mercado em que atua, é algo fundamental. Não adianta investir em alta tecnologia sem a contrapartida comercial de venda para aquele produto. A automação permite ainda uma maior previsibilidade dos processos, gerando decisões mais adequadas quando ao destino das aves abatidas de um lote, dependendo do peso e de outras variáveis.

O Brasil ainda convive com dois extremos nessa área, com plantas industriais altamente sofisticadas e outras com baixos níveis tecnológicos. “O que vemos aqui no Brasil é um parque industrial em estágio de maturidade, se recriando dentro de suas carências. Já superamos uma série de desafios. Continuamos o processo de aprendizado, principalmente com foco na capacitação da mão de obra em relação ao direcionamento dos produtos”, comenta José Maurício França, professor da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

Formado em Medicina Veterinária, França atuou como colaborador em empresas como Sadia e DaGranja. Como consultor Industrial, trabalhou em empresas da área de processamento de alimentos, participando decisivamente da implantação e desenvolvimento de programas de segurança alimentar, qualidade e de desenvolvimento de produtos.

Nesta entrevista exclusiva à Avicultura Industrial, o especialista ressalta o papel das inovações tecnológicas que chegam ao mercado, responsáveis por gerar melhorias em rentabilidade e eficiência produtiva. No entanto, alerta para a necessidade de um bom planejamento, seguido da capacitação dos colaboradores para alimentar adequadamente com informações os sistemas, conseguindo assim resultados práticos e satisfatórios. Confira a entrevista clicando aqui.

Avicultura 2019