A Embrapa e a Basf assinaram acordo de cooperação técnica e financeira para validar um modelo tecnológico, a partir da safra 2022/2023, pautado em boas práticas agrícolas e apícolas. O intuito do projeto, que tem duração de três anos (2022-2025), é impulsionar a convivência harmônica entre sojicultores e apicultores, a partir de ações conjuntas em três regiões brasileiras importantes para a produção de soja no Brasil: Paraná (Maringá), Mato Grosso do Sul (Dourados) e Rio Grande do Sul (São Gabriel). A partir da validação de um protocolo de boas práticas agrícolas, as instituições pretendem comprovar que o desenvolvimento das atividades em espaços integrados pode ser benéfico para os dois setores.
“Para a Embrapa, é fundamental propor ações em parceria, que promovam a boa convivência e estimulem o respeito às diferentes atividades de campo, com foco na sustentabilidade dos sistemas produtivos. No caso específico do relacionamento entre sojicultor e apicultor, é importante a valorização da responsabilidade mútua, o que significa respeitar os limites além de suas áreas de cultivo ou propriedades”, destaca o chefe-geral da Embrapa Soja (PR), Alexandre Nepomuceno.
De acordo com o gerente de Stewardship e Sustentabilidade da Divisão de Soluções para Agricultura da Basf, Maurício do Carmo Fernandes, a empresa estabeleceu como meta aumentar em 7% ao ano a parcela de soluções que contribuem significativamente com a sustentabilidade, além de continuar fortalecendo as ações que promovem o uso correto e seguro das soluções com as boas práticas agrícolas. “Acreditamos que investir nessa iniciativa vai contribuir para o legado da agricultura. Todos podem sair ganhando nessa relação da produção de soja e de mel. A Basf apoia e promove esse trabalho conjunto, e é por isso que nos unimos à Embrapa nesse desafio. Afinal, estamos em busca do equilíbrio ideal entre a produção agrícola e o meio ambiente”, afirma Fernandes.
Para o acompanhamento das atividades dessa iniciativa, o pesquisador da Embrapa Soja Décio Gazzoni explica que será criado um protocolo de Boas Práticas Agrícolas e Apícolas, cuja função é orientar as ações dos grupos de trabalho de sojicultores e apicultores participantes. “Nossa ideia é verificar a adequação desse protocolo, efetuar os ajustes necessários, validando sua factibilidade nas microrregiões geográficas estabelecidas, durante as safras de soja 2022/2023 e 2023/2024”, ressalta.
Depois de validados, os resultados irão compor uma cartilha contendo um conjunto de práticas sustentáveis para a produção de soja com baixo impacto na criação de abelhas. A cartilha também conterá boas práticas apícolas para instalação de apiários próximos às lavouras de soja. Outras estratégias de transferência de tecnologias e comunicação serão adotadas, ao longo do projeto, como a produção de conteúdo em vídeo e materiais impressos. “As ações visam ao compartilhamento de um conjunto de boas práticas para a cultura da soja, especialmente no tocante ao uso de medidas fitossanitárias e de boas práticas apícolas, gerando recomendações básicas aplicadas à realidade do campo”, esclarece Gazzoni. (Assessoria de Imprensa da Embrapa Soja).