Os custos de produção da soja em Mato Grosso, que serve como referência para o restante do país devido à sua grande área plantada, apresentaram uma leve redução para a safra 2024/25. Conforme o relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na última segunda-feira (15) com dados de junho, os custos totais de produção caíram, em média, 2%, passando de R$ 7.276,30 para R$ 7.137,55 por hectare.
Fatores que Contribuíram para a Redução dos Custos:
- Fertilizantes e Corretivos: Redução de 4,9%, de R$ 1.805,00/ha para R$ 1.714,97/ha.
- Defensivos: Redução de 9,4%, de R$ 1.304,81/ha para R$ 1.181,17/ha. A principal economia foi em herbicidas, com uma queda de 28,8%, de R$ 301,87 para R$ 214,66 por hectare aplicado. No entanto, os fungicidas aumentaram 15%, passando de R$ 377,64 para R$ 434,47 por hectare. Inseticidas e adjuvantes tiveram reduções de 18% e 1,2%, respectivamente.
- Arrendamento: Diminuição de 13,6%, de R$ 336,95/ha para R$ 291,00/ha.
Reduções Adicionais:
- Despesas Financeiras: Incluem financiamentos, seguro da produção e seguro de máquinas e equipamentos, com uma redução de 4%, de R$ 433,25 para R$ 415,57 por hectare.
Elementos que Aumentaram de Preço:
- Sementes de Soja: Aumento de 4%, de R$ 610,08 para R$ 634,66 por hectare.
- Impostos e Taxas: Acréscimo de 12,6%, de R$ 207,89 para R$ 234,14 por hectare.
- Depreciações: Subiram 16,4%, de R$ 417,25 para R$ 485,90 por hectare. Esta categoria inclui máquinas, implementos, equipamentos, utilitários e benfeitorias na propriedade.
Além disso, os custos com operações mecanizadas aumentaram 2% entre um ano e outro.
O Imea destaca que, apesar das reduções em diversas áreas, o aumento nos preços dos fungicidas, sementes de soja, impostos e taxas, e depreciações impediu uma redução maior nos custos totais de produção de soja em Mato Grosso.