O grupo europeu de reflexão sobre suínos recomendou no relatório que apresentou na semana passada que se limite a concentração da produção, tanto do ponto de vista geográfico como de volume. Neste momento , o setor enfrenta vários desafios, como a volatilidade dos preços, o avanço da peste suína africana e o aumento dos custos de produção.
Para garantir a sua resistência, o grupo recomendou também que melhore a gestão dos riscos, reduza a dependência de determinados mercados como a China, otimize o manejo dos dejetos e reforce as medidas de saúde e bem-estar animal.
O relatório mostra que o setor se encontra numa situação muito frágil devido à conjugação de uma série de fatores, como as restrições derivadas da pandemia, a propagação de várias doenças, a redução das exportações para a China e o aumento dos custos de produção devido à guerra na Ucrânia.
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O grupo foi lançado em fevereiro de 2022 por iniciativa do Comissário da Agricultura, para dar resposta às preocupações dos Estados-Membros. O relatório mostra preocupação com a queda acentuada no número de granjas de suínos, especialmente pequenas propriedades. Das 1,4 milhões de explorações de suínos na UE, 2% controlam 75% da produção. Existem também muitas diferenças em termos de dimensão, concentração, integração e estrutura entre e dentro dos Estados-Membros. Em algumas regiões da UE, a concentração da produção de suínos cria problemas de proteção ambiental.
Neste contexto, e tendo em conta que as margens são agora curtas e os riscos financeiros elevados, o grupo de peritos apela à promoção da cooperação entre produtores de suínos e ao reforço das campanhas de informação sobre o papel da agricultura familiar e as vantagens da curta redes de fornecimento. No que diz respeito à dependência da China, é de referir que este país absorve mais de metade das exportações de carne suína da UE. Devido à propagação da peste suína africana, vários Estados-Membros experimentaram restrições às suas transferências. Como resultado, as exportações da UE estagnaram em 2021 e caíram 20% no ano passado. O grupo recomenda também desenvolver o tratamento de esterco, um uso mais eficiente de fertilizantes orgânicos ou projetar uma estrutura sustentável para o manejo de chorume destinado à fertilização.
