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FALA AGRO

Uma reflexão sobre o legado familiar no agro - por Jogi Humberto Oshiai

Artigo do Mestre em Política Internacional e Pós-graduado em Comércio Internacional pela Universidade Livre de Bruxelas, Jogi Humberto Oshiai

Uma reflexão sobre o legado familiar no agro - por Jogi Humberto Oshiai

por Jogi Humberto Oshiai

Tenho um grande amigo belga chamado Bob Stevens. Ele mora em uma adorável cidade flamenga chamada Gent (em flemish) ou Gand (em francês). Ele foi proprietário da Toledo International junto com nosso querido amigo Clayton Toledo. Sua empresa é hoje uma parte importante da JBS na Europa! Bob acabou de publicar um artigo do qual compartilharei algumas ideias, levando em consideração que também faço parte do mundo do agronegócio desde minha infância. Meu avô era um fazendeiro apaixonado.

Meu pai herdou a paixão de seu pai. Cresci entre gado leiteiro, gado de corte e diversas áreas agrícolas, como campos de algodão e amendoim. Meu pai via todas as profissões em nossa sociedade com uma visão moderna e sabia que todos são importantes, e cada um respeita o agricultor à sua maneira. Como agricultor, ele certamente não se sentia mais importante do que outros trabalhos na sociedade.

Como engenheiro agrônomo, sempre mencionava que todos contribuem para o bem-estar de nossa sociedade com suas funções. Do coletor de lixo à enfermeira, do engenheiro ao Presidente. Segundo meu pai, a discussão moderna sobre natureza e agricultura não deveria existir, pois ambas podem conviver perfeitamente em harmonia sem precisar se desviar uma da outra. Ele costumava enfatizar que a agricultura precisa da natureza e a natureza precisa da agricultura.

É por isso que escrevo este breve artigo para criar consciência sobre a importância dos jovens agricultores, para o futuro deles e para o nosso! Para dar perspectivas aos jovens agricultores, pois são eles que fornecerão nossa comida no futuro! Por favor, não esqueça que, desde o aperitivo até a sobremesa, tudo vem do agricultor.

Como meu avô e meu pai, continuo pedindo respeito pela agricultura, pois nem todos estão cientes de quão árduo é o trabalho dos agricultores.

E é por isso que precisamos desesperadamente de jovens como meu avô, que imigrou do Japão para o Brasil para ser, naquela época, um jovem agricultor.