Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

América Latina

Uruguai investe na profissionalização de sua indústria avícola

O projeto de “Aves Cajas Negras” vem da necessidade de dar mais transparência aos negócios

Uruguai investe na profissionalização de sua indústria avícola

“A avicultura começa a mostrar solidez no trabalho com o setor público e muda para a profissionalização da indústria avícola do país, para considerar a exportação como uma alternativa possível”, Jorge Acosta Soto, gerente de Informação do INACCom um abate de cerca de 30 milhões de aves por ano e um consumo per capita de aproximadamente 20 kg, o Uruguai fica atrás em produção, consumo e exportação, quando o assunto é carne de frango, em relação a seus vizinhos sul-americanos. Para Jorge Acosta Soto, gerente de Informação do Instituto Nacional de Carnes (INAC), entidade que agrega produtores de todas as carnes no Uruguai, entende-se que o desenvolvimento do setor avícola tem potencial e existem oportunidades de mercado que podem ser atrativas para o país do Cone Sul.

Soto explica que o sistema de “caja preta” (caixa preta), que recebeu o nome oficial de SIF-A, representa um marco importante para o setor, que tem trabalhado no tema desde 2015. Com uma contribuição para a transparência, significa um primeiro passo para aprofundar as futuras ações de desenvolvimento do setor avícola. “Um setor muito focado no mercado interno que, a partir de agora, começa a mostrar solidez no trabalho com o setor público e muda para a profissionalização da indústria avícola do país, considerando a exportação como uma alternativa possível”, completou.

“O INAC projetou mecanismos para monitorar dados dinamicamente usando ferramentas de inteligência de negócios que o INAC e as empresas usarão, além do retorno automatizado a cada empresa de seus próprios dados”, detalhou Soto.

SIF-A – “Aves Cajas Negras”

O gerente conta que o objetivo do INAC com o SIF-A é uma ferramenta cujo objetivo inicial é possibilitar ao setor privado melhorar a transparência dos seus negócios, monitorando a quantidade e o peso das aves na linha de abate. “Isso é possível através de um único sistema instalado em cada uma das oito plantas do Uruguai e com a mesma tecnologia gerenciada pelo Instituto Nacional de Carnes”, explicou.

Soto disse que a ideia surgiu dentro do setor privado que, depois de diagnosticados alguns problemas, entendeu a necessidade de melhorar a transparência dos negócios. “Se trata de um sistema especialmente desenvolvido a pedido do setor avícola, representado na Câmara Uruguaia de Processadores de Aves (Indústria) e criado oficialmente por decreto do Ministério da Agricultura e Pesca do Uruguai”.

Conheça como funciona o SIF-A – “Aves Cajas Negras”

O sistema consiste em:

a) Dispositivos de contagem e pesagem estrategicamente localizados na linha de abate em uma área suja e limpa;

b) Tela sensível ao toque para declarar os eventos (início e fim da tarefa) e exibir informações coletadas da tarefa em tempo real;

c) Multímetro para conhecer o consumo elétrico e as instalações elétricas que conectam todos os equipamentos;

d) Contêiner de acesso restrito aos equipamentos de comunicação e UPS que garantem a operação mesmo com falta de energia.