Na última terça-feira (3), o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, e o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, anunciaram o encerramento da importação de camarão do Equador. A decisão é fruto de uma auditoria realizada em novembro, que avaliou os padrões sanitários da produção equatoriana e identificou inconsistências nos requisitos exigidos pelo Brasil. A proibição entrará em vigor a partir de 9 de dezembro.
Segundo Goulart, a medida reflete o compromisso do Brasil em manter altos padrões de sanidade tanto para exportações quanto para importações. “Se somos submetidos a exigências rigorosas para exportar, devemos adotar o mesmo rigor em nossas compras. Isso fortalece o setor e a defesa agropecuária nacional”, afirmou.
A decisão foi bem recebida pela Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC). Seu presidente, Itamar Rocha, destacou que a proibição protege a produção brasileira contra riscos sanitários e abre novas oportunidades para o setor, que tem mostrado crescimento constante.
Notícias Relacionadas
Em 2023, a produção brasileira de camarão alcançou 127,4 mil toneladas, com destaque para a região Nordeste, especialmente o Ceará, que lidera a produção no país. O Equador, maior exportador global de camarão, representava mais de 40% das importações brasileiras de camarão congelado em 2024, mas agora o mercado nacional poderá preencher essa lacuna com maior força.
O ministro André de Paula enfatizou o trabalho conjunto entre o governo e o setor privado como peça-chave para proteger a cadeia produtiva aquícola do Brasil. Ele também reforçou a meta de expandir as exportações brasileiras de pescados, mantendo os elevados padrões sanitários exigidos pelos mercados internacionais.
A decisão marca um importante passo para consolidar a aquicultura nacional, protegendo a qualidade e a competitividade do camarão brasileiro.
