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Pele de tilápia pode acelerar cicatrização de animais feridos em enchentes

Pele de tilápia pode acelerar cicatrização de animais feridos em enchentes

O uso da pele de tilápia para tratar feridas e queimaduras em animais tem se mostrado uma inovação promissora na medicina veterinária, oferecendo diversos benefícios. Este método, que acelera o processo de cicatrização e reduz a dor em comparação com os tratamentos convencionais, está sendo aplicado em uma ação emergencial para tratar cavalos feridos durante as enchentes no Rio Grande do Sul.

Benefícios da Pele de Tilápia no Tratamento de Feridas

  1. Aceleração da Cicatrização: A pele de tilápia é rica em colágeno tipo 1, essencial para a reparação da matriz dérmica, promovendo uma cicatrização mais rápida e eficiente.
  2. Redução da Dor: A aplicação da pele de tilápia diminui a dor associada ao processo de recuperação, proporcionando maior conforto ao animal.
  3. Proteção contra Infecções: O material adere à lesão, evitando a perda de líquidos e criando uma barreira contra a invasão de bactérias, reduzindo o risco de infecções.
  4. Retenção de Umidade: A pele de tilápia mantém a ferida úmida, um ambiente propício para a cicatrização e regeneração dos tecidos.

Ação Emergencial nas Enchentes do Rio Grande do Sul

Na primeira semana de junho, um lote inicial com 300 curativos de pele de tilápia foi enviado do Ceará para Santa Catarina, e daí para Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre, para tratar cavalos feridos nas enchentes. Este projeto é coordenado pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Produção e Envio dos Curativos

Outro lote com 300 unidades está sendo preparado pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da UFC, com previsão de envio até o fim de junho. Este esforço demonstra a capacidade da universidade em fornecer uma solução rápida e eficaz para emergências veterinárias.

Aplicações Futuras e Pesquisa

A utilização da pele de tilápia para tratamento de feridas não se limita a emergências. Pesquisas adicionais podem expandir seu uso para diferentes tipos de lesões e outros animais, potencialmente revolucionando o tratamento de feridas na medicina veterinária.

Conclusão

O uso da pele de tilápia como curativo biológico representa um avanço significativo na cicatrização de feridas, oferecendo uma solução eficiente, segura e de baixo custo. A aplicação em situações emergenciais, como as enchentes no Rio Grande do Sul, mostra seu potencial para ser uma ferramenta valiosa em diversos contextos veterinários.