Levantamento da Peixe BR revela que a produção de peixes de cultivo no Brasil atingiu 887.029 toneladas em 2023, marcando um aumento de 3,1% em relação ao ano anterior, conforme dados exclusivos da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), entidade que coordena e promove a cadeia produtiva do setor.
“Indiscutivelmente, 2023 foi um ano de desafios. Tivemos estados que foram mais prejudicados que outros devido às questões climáticas e também sanitárias. De qualquer forma, o resultado foi positivo, em que pese as adversidades. A piscicultura brasileira continua em crescimento, posicionando-se com cada vez mais relevância na vida dos brasileiros”, destaca Francisco Medeiros, presidente executivo da Peixe BR.
Tilápia permanece como líder
A tilápia permanece como líder, contribuindo com 579.080 toneladas (65,3% do total), enquanto os peixes nativos somaram 263.479 toneladas (29,7% do total) e outras espécies, como carpa, truta e pangasius, atingiram 44.470 toneladas (5% do total).
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O Paraná reforçou sua posição como principal estado produtor, e a região Sul do país manteve-se na dianteira, respondendo por um terço da produção nacional.
Produção em alta
Em uma década, de 2014 a 2023, a produção de peixes de cultivo registrada pela Peixe BR aumentou de 578.800 toneladas para 887.029 toneladas, representando um crescimento de 53,25%. A média anual de crescimento foi significativa, alcançando 5,325%.
Apesar do crescimento das exportações, que ainda são relativamente baixas, o aumento da oferta resulta em um consumo interno mais elevado. Atualmente, o consumo médio anual de peixes de cultivo por pessoa no Brasil é de 4,35 kg.
“A produção nacional avança com consistência. Todos os estados brasileiros produzem peixes de cultivo, seja tilápia, nativos ou outras espécies. O país tem clima propício, potencial hídrico para multiplicar o cultivo atual algumas vezes e dimensões continentais. Puxada pela tilápia, a piscicultura brasileira tem representatividade crescente”, enfatiza Francisco Medeiros.
O ano de 2023 foi marcado por desafios climáticos e sanitários, mas também por preços estáveis para os produtores, como indicado pelo Indicador de Preço da Tilápia, medido pelo CEPEA/USP.
Fonte: Peixe BR.
