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AQUICULTURA

Produção de peixes e frutos do mar atinge 119,4 mil toneladas em 2022

Produção de peixes e frutos do mar atinge 119,4 mil toneladas em 2022

A produção aquícola brasileira experimentou um crescimento exuberante de 25% em 2022, alcançando um impressionante volume de 119,4 mil toneladas. Essa explosão na produção foi evidenciada em projetos desenvolvidos nas águas da União, conforme revelado pelos dados compilados pelo Ministério da Pesca.

A diversidade dos produtos incluídos nesse aumento abrange peixes, moluscos e algas. Este incremento robusto de 25% em relação aos números de 2021 destaca o avanço alcançado na aquicultura brasileira.

Os números revelam mais do que uma simples estatística; eles contam uma história de desenvolvimento econômico e social. A atividade gerou cerca de 22 mil empregos, dos quais 4,4 mil são diretos e 17,6 mil indiretos. A colaboração entre a União e aquicultores brasileiros atinge um total de 1.464 contratos vigentes, evidenciando o crescimento constante desse setor.

Os dados revelados pelo Boletim da Aquicultura em Águas da União, lançado recentemente em Brasília, fornecem uma visão abrangente da situação atual. O documento destaca que, embora os números apresentados sejam significativos, há potencial para um crescimento ainda mais expressivo.

A produção em tanques-rede, em particular, representou 91,7% da produção total em águas da União. A tilápia emergiu como a principal espécie produzida, atingindo a marca impressionante de 108,9 mil toneladas, correspondendo a 26,6% da produção nacional dessa espécie.

O reservatório de Ilha Solteira, na divisa entre São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, destacou-se como um protagonista nesse cenário, contribuindo com 30,3 mil toneladas para a produção de peixes em 2022.

No campo dos moluscos, Santa Catarina dominou, sendo responsável por cerca de 95% da produção de 9,2 mil toneladas. Além disso, a produção de algas acumulou 124 toneladas, destacando a Kappaphycus alvarezii como uma espécie fundamental, utilizada na indústria de alimentos como matéria-prima para a extração de carragena.

O cenário das águas da União oferece um vasto terreno para o desenvolvimento aquático. O Brasil, com seus 74 reservatórios de hidrelétricas federais, possui uma capacidade de produção estimada em quatro milhões de toneladas de peixes, sem mencionar sua extensa costa litorânea e diversas bacias hidrográficas.

Apesar desse crescimento exponencial, há um chamado para uma regularização mais abrangente dos aquicultores em águas da União. Francisco Medeiros, presidente da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR), destaca a importância de um esforço conjunto para regularizar a produção. Com 88 contratos já firmados em 2023, o potencial para mais desenvolvimento e regularização é iminente, prometendo um futuro ainda mais próspero para a aquicultura brasileira.