Nesta segunda-feira (18/12), uma reunião abordou as atividades realizadas pelos serviços veterinários oficiais e pelo setor avícola no Rio Grande do Sul para conter a disseminação da influenza aviária. O Estado, que enfrenta atualmente três focos em mamíferos aquáticos, destaca a eficácia de um trabalho multissetorial e da vigilância ativa rigorosa do Serviço Veterinário Oficial do RS (SVO-RS), mantendo a doença restrita a animais e aves silvestres e preservando os plantéis de aves.
Participaram do encontro a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a Superintendência de Agricultura e Pecuária do RS (SFA/RS), a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), a Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR), a Federação da Agricultura do RS (Farsul), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag) e representantes da iniciativa privada.
O ano de 2023 registrou 221 suspeitas atendidas, 59 colheitas realizadas e um total de cinco focos, sendo dois já encerrados. “Vamos ter que aprender a conviver com a influenza aviária, já que os transmissores são aves de vida livre, e nosso papel será continuar protegendo os plantéis gaúchos da entrada do vírus,” afirma a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares.
Giovani Feltes, secretário da Seapi, elogia o trabalho do serviço veterinário oficial e destaca a colaboração entre entidades públicas e privadas, ressaltando o objetivo comum de evitar a chegada do vírus nas granjas gaúchas. “O sucesso até aqui se deve a essa correlação,” enfatiza.
Ananda Kowalski, coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola da Seapi, destaca o monitoramento dos focos confirmados em um raio de 3 km, com ações que incluem visitas a propriedades rurais, educação sanitária e uso de drones em áreas de difícil acesso.
Dados até 15 de dezembro apontam mais de 7 mil ações de vigilância ativa, com mais de 7 milhões de aves observadas. Houve também mais de 4,7 mil ações de educação sanitária, atingindo cerca de 3 milhões de pessoas.
José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Asgav, elogia o trabalho do Estado em proteger os plantéis comerciais, mas destaca a importância de permanecer alerta e continuar conscientizando os produtores.
O superintendente do SFA/RS, José Cleber Dias de Souza, prevê a realização de mais encontros ao longo do próximo ano para o monitoramento contínuo da doença.
Gripe Aviária no RS
A influenza aviária, conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves silvestres e mamíferos aquáticos. O Estado registra três focos em aberto, localizados em Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Torres, todos em mamíferos aquáticos. Dois focos anteriores, em aves silvestres, já foram encerrados.