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Alerta da CIA à Avicultura de Corte Brasileira

Meta de redução de 20% não deve (e nem pode) ser abandonada. Leia comunicado.

Redação (16/01/2009)- Graças à participação geral, a avicultura de corte brasileira vem registrando melhor adequação ao novo mercado do frango: depois de, praticamente, 500 milhões em outubro, nos últimos três meses (novembro/08 a janeiro/09) vimos produzindo entre 430 e 440 milhões de pintos de corte – o que, sem dúvida, representa grande vitória do setor.

Sim: estamos próximos, mas ainda aquém da meta de redução de 20% que, mais do que nunca, não deve ser abandonada, apesar da sinalização contrária do mercado. Pois a reversão ora observada em algumas praças envolve, por enquanto, apenas o frango vivo ofertado no mercado “spot” e pode não alcançar a ave abatida.
A recuperação sustentável do mercado do frango deve ocorrer ainda em 2009, sem dúvida. Mas de forma mais lenta que a originalmente prevista. E agora enfrentando mais um desafio: o aumento de custos, difícil de ser repassado ao consumidor interno ou externo.
Tudo isso força o setor a se manter rigorosamente dentro das possibilidades de mercado que, por enquanto, acenam com exportações de não mais que 250 mil toneladas mensais e com uma demanda interna (ainda sujeita a altos estoques de frango não-exportados e cada vez mais pressionada pelo desandar da economia) da ordem de 550 mil toneladas mensais. Volumes, em suma, alcançáveis com uma produção/mês de, no máximo, 400 milhões de pintos de corte – número que precisa ser definido como o grande objetivo do setor nos meses de fevereiro e março e pelo menos até que o mercado dê efetivos sinais de retomada.
É indispensável, porém, pensar no futuro. E os esforços atuais continuarão sendo neutralizados mais à frente se, concomitantemente ao controle atual na produção de pintos de um dia, não houver significativa diminuição no alojamento de reprodutoras. As condições atuais recomendam não só uma redução de pelo menos 10% em relação ao que foi alojado em dezembro/08 – perto de quatro milhões de matrizes de corte – como também a manutenção desse menor volume por um período mais longo (pelo menos seis meses). Manter o alojamento nos níveis presentes é continuar perdendo dinheiro, mais do que nunca escasso.