Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Crescimento

Brasil deverá atingir recorde na produção de aves em 2021

Aumento, de 4,5%, tem relação direta com a queda do poder aquisitivo da população, que passou a procurar proteínas mais baratas

Brasil deverá atingir recorde na produção de aves em 2021

A produção de carne de frango no Brasil deverá alcançar 15,3 milhões de toneladas neste ano, um crescimento de 4,5% em relação a 2020, segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Caso se confirme, o volume será o maior da série histórica, informa o boletim AgroConab.

Com a queda do poder aquisitivo da população, os consumidores têm procurado proteínas mais baratas, o que estimulou o segmento a aumentar a produção. Também em alta, as exportações de carne de frango devem atingir o recorde de 4,46 milhões de toneladas no ano, prevê a Conab.

Em carne suína, a produção do país também poderá alcançar recorde ao crescer 5%, para 4,5 milhões de toneladas, sendo 1,24 milhão de toneladas para exportações, projeta a estatal.

Já para a carne bovina, em um cenário de diminuição da demanda, a estimativa é de queda de 5% da produção quando comparada à do ano passado, para 8,1 milhões de toneladas. Do total, 2,65 milhões de toneladas devem ser encaminhadas às vendas externas.

A Conab calcula que os volumes disponíveis de proteínas por habitante no ano chegam a 15 quilos no caso dos suínos, 50 quilos nas aves e 25,8 quilos em bovinos.

Preços ao produtor

Após a suspensão das exportações para a China, no início de setembro, o preço pago ao produtor de carne bovina teve forte queda, mas, nos preços ao consumidor final, a redução não ocorreu de maneira tão acentuada. Com a retomada das negociações com o país asiático, a tendência é que os preços ao produtor voltem aos patamares anteriores.

Já os valores recebidos pelo produtor de carne de frango seguem em alta. A demanda aquecida e o encarecimento da ração — que leva milho e farelo de soja, por exemplo — contribuem para o movimento. Segundo a Embrapa, a despesa desses produtores com alimentação animal quase dobrou entre julho de 2018 e julho de 2021.

Os produtores de carne suína também são impactados pela cotação elevada do milho, mas o mercado consumidor segue pressionando os preços, “trazendo relativa estabilidade às cotações, sem espaços para avanços consideráveis”.